Recentes declarações da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, de que havia bandidos atrás de togas, incomodaram a classe jurídica no país esta semana. O parlamentar baiano disse que a ministra é inteligente, competente e corajosa. "As declarações da ministra não deveriam provocar nenhum incômodo aos bons juízes, que são a imensa maioria no Judiciário", afirmou. "Deixo aqui nosso apoio a esta baiana que, certamente, vai ganhar, no final de semana, o apoio da imprensa e das redes sociais de todo o Brasil", enfatizou.
Segundo a pesquisa Justiça em Números 2010, do CNJ, o Brasil conta hoje com 11.938 juízes na Justiça Estadual, o que perfaz média de 6,2 juízes para cada 100 mil habitantes. Na Justiça do Trabalho, encontram-se 3.117 juízes (media de 1,6 para cada 100 mil habitantes); e, na Justiça Federal, 1.749 (media de 0,9 para cada 100 mil habitantes), num total de 16804 magistrados em todo o País.
"Todo mundo sabe que, em todos os ramo de atividade existem os bons e os maus profissionais: há os bons e maus políticos; os bons e maus médicos; os bons e maus advogados; e existem também os bons e maus juízes. A declaração da ministra Eliana Calmon foi ao encontro dos bons juízes, que não devem aceitar a convivência com os maus juízes", afirmou Barradas Carneiro.
O deputado também lembrou que, na tentativa de garantir os poderes do CNJ, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) apresentou Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tornar explícito que o CNJ tem poder de investigar e aplicar punições, sem a necessidade de depender dos tribunais locais.