Profissionais de audiovisual (especialmente documentaristas, diretores e produtores) políticos, autoridades da área cultural e estudantes de comunicação, cinema e vídeo participarão nesta quinta-feira, 29, a partir das 19 horas, da audiência pública "Instituição do Dia Nacional do Documentário Brasileiro" na Cinema do Museu Geológico da Bahia, no Corredor da Vitória. O objetivo é resgatar e fortalecer a produção audiovisual do País.
Trata-se de uma iniciativa conjunta da vereadora Olívia Santana com a deputada federal Alice Portugal (ambas do PCdoB), em parceria com o Circuito Saladearte e o apoio das Associações Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV) e Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas (ABD Nacional) e da Câmara Municipal de Salvador (CMS).
Segundo Olívia Santana, o evento, aberto ao público, é o primeiro passo tornar 7 de agosto como o Dia Nacional do Documentário brasileiro, em referência ao nascimento de Olney São Paulo (7/8/1936), baiano de Riachão de Racuípe. A data foi escolhida através de votação realizada com a participação de 27 ABDs e vários cineastas. Documentarista influenciado pelo neorrealismo italiano, Olney dirigiu vários filmes, dentre eles "O Grito da Terra" (1964) e "Manhã Cinzenta" (1968/69), este último pivô de um incidente que lhe custou a vida.
Além de divulgar e reconhecer a obra do cineasta, os organizadores do movimento querem, com a instituição da data oficial, chamar a atenção da sociedade para a necessidade do fomento e difusão do documentário, facilitando assim a inclusão e o acesso da população à cultura.
Confirmaram presença na audiência pública os cineastas e documentaristas Joel de Almeida, Henrique Dantas, Marilha Hughes, Jorge Alfredo, Pedro Abib, Umbelino Brasil, Sofia Federico, Olney São Paulo Filho, Tuna Espinheira e Guido Araujo, Alice Portugal, Solange Lima (presidente da ABD Nacional), Albino Rubin (secretário de Cultura da Bahia), Pola Ribeiro (diretor do Irdeb) e Mateus Damasceno (presidente da ABCV/Bahia).