Pouco antes da votação na Assembleia Legislativa da Bahia dos projetos que autorizam o Executivo a tomar empréstimos junto ao BID num total de R$ 1 bilhão, o deputado Paulo Azi (DEM) voltou a ocupar a tribuna da Casa para dizer que o governo Wagner não faz o "dever de casa" com as contas públicas e que praticamente jogou pelo ralo os 16 anos seguidos em que a Bahia tornou-se referência de gestão e respeitada no cenário nacional por cumprir todos os parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal, honrar seus compromissos e equilibrar suas finanças.
" No mandato anterior, esse governo endividou o Estado em R$ 3 bilhões. Neste mandato solicitou prorrogação de dívidas em R$ 400 milhões e agora solicita empréstimos de R$ 1 bilhão. Isso significa que o Estado pode até ter capacidade de endividamento, mas não tem capacidade de pagamento", disparou Azi, considerando um desrespeito aos parlamentares o fato de o Executivo enviar projetos de operação de crédito sem se dar ao trabalho de informar quais as ações, as intervenções e as obras que deverão ser priorizadas com os recurso.
"Infelizmente esse é o estilo desse governo. Não dialoga, não presta informações e assim procede por ter conseguido uma base parlamentar dócil e silenciosa que não engrandece o Parlamento e nem cumpre suas funções constitucionais de fiscalizar as aplicação dos recursos do Executivo e fazer da Casa, um espaço de debates", lamentou.