Política

PROJETO PLANSERV: SEM DEBATES, SESSÃO VIRA "BATE-BOCA" NA ALBA E CAI

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| 24/08/2011 às 17:28
Zé Neto, líder da Maioria, cercado pelos deputados da Oposição, no plenário
Foto: BJÁ
  Debates na sessão desta quarta-feira, 24, na Assembleia Legislativa para analisar o Projeto de Lei que limita o uso do PLANSERV nem pensar. Só aconteceram "bate-bocas" entre deputados uma vez que, como as negocições com as centrais sindicais não avançaram a ponto de se chegar a um acordo, a orientação da liderança da Maioria foi esvaziar o plenário. E, o próprio deputado Zé Neto (PT) foi quem pediu a verificação de quórum após mandar seus liderados se ausentarem.

  Os deputados da oposição chiaram. O deputado Paulo Azi (DEM) disse que o líder da Maioria (Zé Neto) teve até um "pasmo de lucidez" ao propor que a votação do projeto seja feita na próxima semana, dia 31, mas, ao mesmo tempo, "derruba" a sessão, o que denota que não existe intenção verdadeira do debate", sendo tudo uma enganação.

  Segundo Azi, a cada diz que se passa, "o que podemos observar é que o projeto piora" porque ninguém sabe exatamente o que se passa. "Não conheço um servidor que conheça detalhes do projetos nem os representantes das centrais sindicais" comentou Azi lembrando que, na gestão do governador Paulo Souto houve um projeto similar em relação à gestão do PLANSERV, mas o governador naquela época "teve a grandeza de recuar".

  Em determinados momentos da sessão o clima ficou carregado quando o deputado Carlos Geilson (PTN) afirmou que "a máscara republicana do governo Wagner foi rasgada, caiu", e que o deputado Zé Neto, ao defender um projeto como o de contenção de uso do PLANSERV nunca será prefeito de Feira de Santana e sim na "casa da Zorra".

  O deputado Luciano Simões, líder do PMDB, diz que vai entrar com uma Ação de Inconstitucionalidade diante do projeto do PLANSERV entendendo que se trata de um direito adquirido dos servidores e que não pode ser maculado, além do sentimento de falta de respeito que a Maioria nutre pela oposição.

  O deputado Zé Neto (PT), que havia pedido verificação de quórum e teve que ficar nesse "pinga-fogo" até quando a sessão caiu, já sem a presença da totalidade de sua base que se ausentou do plenário, disse que até admitia algumas críticas, mas, situou que sua postura como líder da Maioria tem sido de respeito a Minoria.

  "Agora, vejo aqui deputado como Targino Machado falando horrores de Wagner e se elegeu no palanque de Wagner. E me admira que o deputado Geilson classifique Wagner como "Wagner Malvadeza" (alusão a ACM, o Toninho malvadeza) ele que sempre foi um carlista de carteirinha", comentou situando que seu debate é de idéias e quem quiser falar sobre o projeto "vamos fazer duas reuniões com os trabalhadores e vocês (deputados da oposição) estão convidados, na sexta e na segunda.