Os problemas com transporte, trânsito, saúde e recebimento de correspondências do Loteamento Jardim Mangabeira e Chácara do Monte, localizados em Cajazeiras XIII, puderam ser debatidos diretamente com os órgãos responsáveis na segunda-feira, 22 de agosto. O mandato popular da vereadora Marta Rodrigues, em parceria com Associação de Moradores do Loteamento Jardim Mangabeira, realizou uma audiência pública na Escola Municipal Professor Ricardo Pereira para possibilitar que a comunidade tivesse acesso a um diálogo direto com órgãos do poder público, responsáveis por serviços deficientes nas comunidades.

A vereadora abriu a audiência falando da importância da participação popular em ocasiões como aquela. "Esta e um audiência oficial da Câmara Municipal de Salvador, que trazemos para a comunidade. É muito importante que as pessoas participem desse diálogo, porque é um momento para que as dificuldades enfrentadas pela população sejam ouvidas", afirmou Marta. E a população de Jardim Mangabeira, bem como de Chácara do Monte, compareceu em peso à audiência, ocupando totalmente as cadeiras dispostas no pátio de entrada do colégio.

Segundo Rita, vice-diretora da Escola Municipal Professor Ricardo Pereira, que cedeu espaço para a realização do evento, a escola está sempre de portas abertas para atender à comunidade. "Os alunos me perguntaram ‘professora, vai ter aula?', e eu respondi ‘sim, hoje vamos ter aula de cidadania', pois esse diálogo que acontece aqui é uma grande oportunidade de resolvermos os problemas da nossa comunidade", contou Rita.

Para os moradores, um dos maiores problemas é a falta de distribuição de correspondências e o atendimento no posto dos Correios da localidade.
 
"A maior dificuldade da nossa comunidade é a falta de respeito dos Correios conosco. Tínhamos dois carteiros aqui e agora não temos nenhum. Quando vamos ao posto buscar as correspondências, somos mal atendidos", afirmou o presidente da Associação de Moradores do Jardim Mangabeira, Sr. Aurelino, conhecido na comunidade como ‘Passarinho'. Para o senhor Ademário Soares dos Santos, difícil é ter as contas atrasadas por não receber as correspondências. "Já cheguei a receber cartas com mais de 20 dias de atraso. Fora o descaso com o atendimento no posto. Mesmo sendo idoso, já cheguei a aguardar das 14 às 16 horas e mesmo assim não conseguir ser atendido", afirmou o morador.

Outra grande dificuldade é com o transporte público. De acordo com o morador Ernani, há engarrafamentos na região em qualquer horário, do dia ou da noite. "Vários moradores já perderam empregos por não conseguirem cumprir horário no serviço. Tudo por conta dos engarrafamentos", afirmou. Há ainda uma dificuldade com algumas linhas de transporte coletivo. Os moradores reclamam do desrespeito de motoristas de ônibus que se recusam a entrar no loteamento. Foi solicitado ainda posicionamento quanto à entrega do posto de saúde da comunidade que já está com as obras concluídas.

O representante da Secretaria Municipal de Saúde, Sr. Luiz Carlos, informou que apesar de concluída, a obra do posto de saúde ainda tem adequações necessárias para começar a funcionar. "O posto terá cinco consultórios médicos e dois odontológicos. Estamos em negociação com a CONDER para receber a obra", afirmou Luiz Carlos.

Todas as solicitações feitas pela população foram observadas pelos respectivos órgãos responsáveis. Participaram da mesa Daniel Freitas da Transalvador, Francisco Silva de Jesus dos Correios, Luiz Carlos da Secretaria Municipal de Saúde, Aurelino ‘Passarinho' da Associação de Moradores, a Deputada Estadual Maria Del Carmem e João Benedito, representando o Deputado Federal Nelson Pelegrino.

O mandato popular da vereadora Marta Rodrigues se encarrega de cobrar medidas cabíveis para solucionar o que for possível dos problemas apresentados. É feito um relatório de demandas e aquelas que foram direcionadas a órgãos que não estavam presentes são também encaminhadas pelo mandato aos responsáveis. Após a audiência, já foi realizada uma solicitação à Limpurb de um container para depósito de lixo, que antes era acumulado em frente às casas.