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Dezesseis "moicanos" da oposição sem forças para conter governo, em protesto na ALBA
Foto: BJÁ
A oposição lutou o quanto pode na Assembleia Legislativa nesta tarde de terça-feira, 23, diante da proposta do Projeto de Lei que limita o uso do PLANSERV pelos servidores estaduais e até conseguiu encher as galerias com funcionários públicos. Mas, como o governo não quer debater a matéria, a orientação da liderança da Maioria foi "derrubar" a sessão por falta de quórum. E foi isso que aconteceu a pedido do deputado Rosemberg Pinto (PT), o qual só manteve a sessão no pequeno expediente.
Por sugestão do deputado Targino Machado (PSC) a proposta é usar todos os meios para impedir a aprovação da matéria posta em caráter de urgência-urgentíssima, na quarta-feira, 23, e, se isso acontecer (a aprovação), promover ações de rua "com distribuição de pizza nas imediações do Iguatemi e até parar o trânsito da cidade com uma passeata de servidores estaduais na Avenida Luiz Vianna (Paralela)".
A sessão enquanto durou nesta terça-feira, 23, teve clima de fogaréu com uso de adjetivos impublicáveis pela imprensa. E, em parte, sobrou para o deputado Rosemberg Pinto (PT), o qual fez papel de defender o projeto do Executivo justificando que se trata de um projeto que vai melhorar o atendimento dos serviços médicos aos servidores, lembrando, ainda, que, hoje, já "melhorou bastante no governo Wagner".
O deputado Paulo Azi (DEM) tachou a bancada do governo de "covarde" por tentar impedir o debate. "A bancada governista não tem peito nem argumento para defender esse projeto indecente e imoral, se esconde no silêncio porque não tem justificativa para sair em defesa dessa proposta nefasta", pronunciou-se em tom caloroso, conclamando todos os servidores estaduais a se mobilizarem para pressionar o governo a retirar o projeto.
Paulo Azi acusou o líder Zé Neto de colocar os dirigentes das entidades representativas contra a classe dos servidores, ao afirmar que os sindicatos tinham conhecimento e também debatido as mudanças no Planserv.
"Essas declarações colocam em cheque a autoridade e a autonomia dos líderes sindicais que representam os servidores", criticou Azi, observando que é contraditório o governo posar de democrático e querer aprovar a toque de caixa, sem discussão e em regime de urgência, um projeto que afeta a vida e a saúde de milhares de famílias. A sessão, que acabou caindo por falta de quórum foi movimentada com discursos e arroubos da oposição que entrou no plenário com faixa e praguinhas no peito contra as mudanças no Planserv.
DEFESA DO SERVIDOR
Para o deputado Rosemberg Pinto o projeto do governo visa, pelo contrário, proteger os servidores com um plano que também de sobrevivência para o PLANSERV. Rosemberg classificou a oposição de midiática e sem argumentos herdados do passado, da Era ACM, que justifiquem esse tipo de atitude.
O deputado Tom Araújo (DEM) defendeu o ex-senador ACM e situou que "esses petistas classificam ACM como se fosse uma desgraça, nada que ele fez serviu, e olhe que foi ACM que realizou as obras mais importantes da Bahia". Tom destacou, ainda, que o projeto do governador é de uma insensibilidade nunca vista.
O pronunciamento mais duro da tarde foi do deputado Targino Machado, PSC, o qual disse que há corrupção no governo da Bahia, "nas secretarias, em órgãos e em cozinhas palacianas".
No entendimento do deputado Bruno Reis (PRP) o PT adotou o "velho discurso da democracia e do debate e não pratica nem uma coisa, nem outra".