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ACM Neto: - Vamos instalar o prometômetro para cobrar promessas de Wagner
Foto: BJÁ
Em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira, 22. o deputado ACM Neto provável candidato a prefeito da capital pela unidade das oposições disse que não acredita que o governo do PT seja capaz de construir o metrô ligando o acesso Norte/Iguatemi/Aeroporto Luis Eduardo Magalhães/Lauro de Freitas até a Copa do Mundo de 2014, e considerou o projeto um absurdo ao consumir prováveis R$3 bilhões.
Na concepção do deputado, o projeto escolhido deveria ser o Bus Rapid (segundo ele, 6 vezes mais barato) e com esses recursos (R$3 bilhões) apontados para construir o metrô, "daria para requalificar outras áreas da cidade, inclusive Cajazeiras, que tem problemas de mobilidade urbana seríssimos", afiançou. Em questionamento do BJÁ, Neto descartou que essa área central da Paralela, desde quando aberta nos governos ACM (prefeito) e Luis Viana Filho (governador) serviria para um metrô.
"Convivi com meu avô durante 28 anos e nunca ouvi dele essa intenção", comentou situando que o metrô anunciado pelo governo do PT para a Paralela "é um equívo e nas mãos do governo Wagner não vai sair". O deputado destacou, ainda, que a partir deste segundo semeste a oposição vai cerras fileiras, unida, contra Wagner "e vamos instituir um prometômetro para cobrar todas as promessas do governador e que não foram cumpridas".
BALANÇO NACIONAL
ACM Neto organizou um balanço da atuação parlamentar das oposições no Brasil e disse que, no início da atual legislatura no Congresso Nacional, a oposição foi posta pela midia com "enfoque negativo" (uma oposição fragilizada e que não existia, na prática), mas, entende que essa posição se inverteu no final do primeiro semestre da legislatura diante "da corrupção no seio do governo a partir dos casos de Antonio Palocci, dos aloprados e do Ministério dos Transportes".
Admite que, no segundo semestre, a situação deve piorar para o governo Dilma, pois, já há sinais de fragilidades em sua base de sustentação política agravados com descontentamentos no PR.
Nos cassos de corrupção no Ministério do Transportes e outros não vê dissociação entre Lula e Dilma, nem que ela esteja combatendo uma provável "herança maldita", até porque, na visão de ACM Neto, "Dilma integrava o governo de Lula como gestora do PAC e sabia o que se passava no Ministério dos Transportes desde aquela época e, portanto, não faço nenhuma separação do que é Dilma e do que é Lula".
Para Neto, na medida em que o ex-presidente Lula vem a Bahia, "como aconteceu agora e se comporta como se fossse o presidente, sem desencarnar do cargo e faz ato oficial de lançamento do Plano Safra, mostra essa realidade, que existe, sim, uma unidade entre eles, e a responsabilidade do que está acontecendo com a corrupção no seio do governo é tanto dele, quanto dela, que era apontada como a mãe do PAC".
SUCESSÃO EM SALVADOR
O deputado ACM Neto diz que não é candidato de sí mesmo nem dos Democratas. Revela que, em 2008, o DEM o lançou candidato a prefeito de Salvador dentro de uma circunstância, um momento político, mas, agora, em 2011, a situação é diferenciada e exige um diálogo mais abrangente, com a oposição e até com outros partidos da base do governo.
Sua intenção é ser candidato, em Salvador. Isso não esconde de ninguém e até se propõe a voos mais altos, uma candidatura ao governo do Estado.
Admite, no entanto, que existem, nas oposições o seu nome e o de Aleluia, no DEM; o de Antonio Imbassahy, no PSDB; e o de Mário Kértesz, que está sendo "trabalhado" pelo PMDB; além de César Borges, do PR. Crê na unidade e defende alguns critérios (não enumerou) para a escolha, mas, não exclui nenhum deles; nem impõe sua vontade, ainda que esteja liderando as pesquisas de opinião.
Acha esse aspecto, de fundamental importância: a vontade que é emanada da população e diz que jamais colocaria seu projeto acima da vontade popular. Ou seja, a oposição tem que marchar unida e sintonizada com o que deseja a população de Salvador.
"O ideal é a oposição marchar unida, não só em Salvador, mas também nas cidades pólos da Bahia como Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista, Barreiras, Alagoinhas e Porto Seguro, entre ouras. Estamos perseguindo esse caminho também olhando o ano de 2014", destacou.
SOBRE O PREFEITO JH
O deputado diz que tem muita gente torcendo para que ele brigue com o prefeito João Henrique. "Temos uma relação respeitosa, mas não deixarei de fazer críticas ao que considero que não está correto com a cidade. Nossa participação na Prefeitura é limitada a Saltur, com Cláudio Tinoco, que tem um excelente desempenho".
Neto admite que continuará seu diálogo com JH embora reconheça que a relação política do prefeito, na atualidade do PP, é com o governador Wagner e com o candidato a prefeito de Salvador, em 2012, certamente por essa aliança PT/PP.
"Mas, isso não impede conversas com o prefeito e o PP porque a eleição municipal tem características diferenciadas das alianças estaduais e nacionais", acentua.
SOBRE MÁRCIO MARINHO
- Vejo como boa a candidatura do deputado Márcio Marinho a prefeito de Salvador, pelo PRB. Faz parte do processo. A deputada Alice Portugal também já lançou sua candidatura pelo PCdoB.
SOBRE MÁRIO KÉRTESZ
- É um nome bom para participar do processo e ser candidato. O PMDB tem conversado com ele sobre o assunto. A oposição tem cinco nomes: eu, Aleluia, Imbassahy, MK e César Borges. O que defendo é uma definição de critérios. Bons nomes temos. A oposição só não pode é errar.
SOBRE A ADMINISTRAÇÃO DE JH
- Ninguém em Salvador pode me responsabilizar pela administração de João Henrique. Momento algum, o Democratas foi chamado a participar de forma mais efetiva e estamos limitados a Saltur. A indicação de Leonardo Prates não foi do DEM e sim do próprio prefeito.
SOBRE MUDANÇAS DE PARTIDOS
- Quem está aderindo ao governo Wagner afirmando que é para ser beneficiado, administrativamente, o faz através de desculpas. Os prefeitos do DEM que assim agirem nós vamos questionar na Justiça Eleitoral. Outros, casos de Paulo Cezar (PSDB), de Alagoinhas, já estava com Wagner desde 2010. Em 2012, não contará conosco.
SOBRE O PSD DE OTTO ALENCAR
- Não acredito que conseguirá registro na Justiça Eleitoral.
SOBRE A CORRUPÇÃO NO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
- A presidente Dilma usa dois pesos e duas medidas, com o pessoal do PR; e com o pessoal do PT. O que percebo é que, a cada dia, o PT ocupa mais espaços no governo federal
BANDEIRAS PARA OPOSIÇÃO
- No segundo semestre vamos defender quatro bandeiras em Brasília: votar a PEC dos policiais; votar a Emenda 29; votar o Super Simples; e atuar no sentido do avanço à Reforma Política.
AÇÕES PARA SALVADOR
- Vamos construir projetos para 2012 e 2014. Ampliar nosso fórum com as comunidades de Salvador nos planos técnico e programático. Montar inclusive uma equipe técnica e atuar em 12 áreas temáticas