O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT), deve baixar ainda esta semana um ato administrativo devolvendo às repartições de origem (Estado e municípios) cerca de 230 a 250 servidores da Casa, alguns dos quais, com mais de dez anos ou mais trabalhando no Poder Legislativo.

  Com essa atitude, sem exceções, segundo a assessoria de imprensa da ALBA, a presidência tentará reduzir os custos da Assembleia e equilibrar suas contas até o final do ano, uma vez que o Poder Legislativo está trabalhando no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

  A medida, pelo que se conhece da Assembleia, deverá causar o maior reboliço político, uma vez que alguns desses servidores são apadrinhados por deputados e outros, além de prejudicar o funcionamento da Casa nas comissões temáticas, nas áreas de informática e pessoal, e assim por diante.

  Segundo o presidente Marcelo Nilo não tem jeito, sem essa medida e outras que está adotando, não haveria dinheiro para fechar as contas como manda a LRF até o final do ano.

  Vale observar que alguns desses servidores têm uma FG (Função Gratificada) e outros uma CET com comissões que variam antre 70% e até 100% do salário de origem.

  Ou seja, um servidor de algum órgão do estado que esteja a disposição da ALBA, digamos assim, que tenha salário de R$1.800,00 (na origem) pode estar recebendo uma CET correspondente a mais R$1.400,00 (80%) ou mais R$1.800,00 o corresponderia a R$3.200,00/R$3.600,00.

  Vê-se, pois, a dimensão do problema e as queixas que surgirão logo a partir desta quinta-feira.