Política

MORADORES CAJAZEIRAS COBRAM DE LULA LINHA 1 DO METRÔ PROMETIDA EM 2000

vide
| 20/07/2011 às 19:49

  Moradores de Cajazeiras fizeram nesta quarta-feira uma manifestação para pedir que a região tenha um transporte de massa de qualidade. As 80 lideranças, reunidas na União das Associações de Moradores de Cajazeiras cobram do Governo do Estado a promessa feita no ano 2000, reafirmada no ano passado pelo ex-presidente Lula, de que a linha 1 do Metrô seja estendida de Pirajá até a área.


Segundo Evanir Borges,  presidente da União, na região vivem milhares de pessoas que há anos reivindicam seus direitos de cidadãos mas agora estão revoltados com a decisão do governo de usar os R$ 2,4 bilhões do PAC da Mobilidade somente na Paralela. "Esse dinheiro é para toda a cidade e eles querem gastar tudo na Paralela".

Sabina Andrade, moradora de Águas Claras, lembrou que em 1995 foi feito um grande seminário, onde autoridades concordaram e garantiram uma solução de transporte para os moradores. "Se falava naquele tempo em bonde moderno, mas até hoje a gente vive no atraso e no esquecimento".


Idelmário Proença, líder do Movimento dos Sem Teto de Salvador (MSTS), disse que aderiu ao movimento em Cajazeiras porque, além de viver no bairro há muito tempo, conhece  as necessidades e está preocupado com as famílias que sairão das ocupações na Cidade Baixa (Alfred e Leste) para unidades construídas na Boca da Mata. "São 300 pessoas, mais 80 famílias que estão acampadas na Estrada Velha. Queremos garantir qualidade de vida para elas", lembrou.


Proença comentou que Cajazeiras é uma cidade. "Se roda mais de carro dentro de Cajazeiras do que fora, para chegar ao Centro".


A advogada Marina Castro, da União das Cajazeiras manifestou sua revolta. "Nossa luta já contrariou, há muito tempo, o que diziam: que Cajazeiras seria a maior favela da América Latina. Somos o maior bairro da América Latina, onde Jaques Wagner, Lula e Dilma tiveram expressiva votação", lembrou. "Apesar de ilhados, sem o direito de ir e vir, temos  força e vontade para lutar por nossos direitos".


O movimento foi organizado, com preocupação de não prejudicar o trânsito que é complicado naquela região da cidade, mas os manifestantes querem audiência com o governador para expor suas necessidades e prometeram parar Salvador, caso Cajazeiras fique fora dos projetos de mobilidade previstos para a capital baiana.