Política

DEPOIMENTO DE PAGOT LIVRA PESSOAL DO PR E NÃO ACRESCENTA NADA

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| 12/07/2011 às 13:06
Diretor do Denit, Luiz Pagot, diz que não foi demitido. Está apenas afastado.
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Acusado de envolvimento em um esquema de corrupção no Ministério dos Transportes, o diretor afastado do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Pagot, negou que o PR tenha utilizado o órgão para irrigar seus cofres.

Pagot disse que não há nenhuma propina no órgão e que nada foi desviado como doação para a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010.


A Folha mostrou que militantes do PR controlam não só a cúpula do setor no governo Dilma, mas também os escritórios do Dnit em nove Estados e no Distrito Federal. Segundo denúncia da revista "Veja", integrantes do PR cobravam um "pedágio político" de 4% a 5% das obras.


"O PR não utilizou o Dnit para cooptar, para buscar dinheiro para os seus cofres."

Pagot subiu o tom ao negar que tenha desviado recursos do Dnit para doação de campanha. "Nego veementemente. São mentiras. [Não tem desvio] Nem para a campanha da presidente Dilma nem do meu partido nem para governador", disse. "Muitas palavras foram colocadas na minha boca, muitas atribuídas a mim sem eu sequer ter pensado."

CONTEMPORIZA

O diretor-geral afastado do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Pagot, afirmou nesta terça-feira a senadores que, diante das denúncias do esquema de corrupção, "não houve a figura da demissão" por parte da presidente Dilma Rousseff aos envolvidos.

Segundo ele, houve uma determinação apenas para que os envolvidos fossem afastados do cargo. Pagot reforçou que está de férias até o dia 4 de agosto e que ainda responde pelo órgão.


"Não teve figura da demissão. Ela [presidente] fez um pedido para que todas as pessoas citadas fossem afastadas. Eu não posso ser afastado. Ou sou demitido ou continuo no cargo e respondo."

Pagot afirmou ainda que continua como "gestor do Dnit". Segundo ele, as férias foram programadas em novembro. No entanto, ele chegou a despachar no último dia 4, quando começavam as férias, tendo portarias que foram assinada publicadas no "Diário Oficial" da União. O Planalto já informou que ele deve ser exonerado no retorno das férias