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Baianas de acarajé ameaçadas de desaparecerem das praias
Foto: BAHIA PRESS
Após a retirada das barracas das praias de Salvador por decisão da Justiça Federal, mais uma decisão polêmica terá fortes conseqüências na capital baiana: a retirada dos tabuleiros das baianas de acarajé das praias, conforme determinação da superintendente do Patrimônio da União (SPU) na Bahia, Ana Vila Boas.
A justificativa da dirigente é que a lei federal de gerenciamento costeiro não permite a ocupação das areias para o comércio. A medida anunciada levou o vereador Alcindo da Anunciação (PSL), membro da Comissão de Serviços Públicos da CMS, a propor hoje (19/02) a realização na próxima quinta (24) de audiência pública e sessão especial para discutir o assunto.
Além disso, frisa ele, organizará manifestações da população de Salvador em 'favor das baianas do acarajé, consideradas patrimônio imaterial do Brasil". Segundo dados da Associação de Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares do Estado da Bahia (Abam), a medida deve afetar cerca de 650 baianas que hoje atuam nas areias de Salvador - de São Tomé de Paripe à Praia do Flamengo. Ana Vila Boas quer que a comercialização dos produtos seja coordenada pela prefeitura e a estrutura das baianas colocada nas calçadas.
Para o vereador Alcindo, "a terceira capital do País não pode se calar frente a essa medida", acrescentando que se for necessário, impetrará ação judicial contra a decisão. Vereador Alcindo