Política

PSOL VOTA CONTRA SM DE R$545,00 E CRITICA POSTURA DOS PARLAMENTARES

VIDE
| 17/02/2011 às 07:22
A bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) votou contra o salário mínimo de R$ 545.00 porque, segundo o presidente nacional do partido, Afrânio Boppré, "entendemos que a população não pode ser prejudicada em benefício do pagamento da dívida pública. O salário mínimo deve atender aos preceitos da Constituição, no que diz respeito ao direito de todo cidadão a um salário que atenda às suas necessidades vitais básicas, como: saúde, educação, moradia e alimentação. Combatemos e vamos denunciar a farsa do salário mínimo. Repudiamos essa decisão arbitrária do governo", afirmou.

Afrânio Boppré acrescenta que um fato simbólico da decadência da proposta governamental foi o relatório do projeto feito pelo deputado federal Vicentinho (PT-SP) recebido com vaias pelos representantes do movimento sindical.
 
"O ex-dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ouviu os versos da canção 'Vou festejar', de Jorge Aragão, e para ler seu confuso relatório precisou da intervenção do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), para que os protestos cessassem, classifica. O presidente do PSOL qualifica de aética a postura do governo federal que impede o debate no Legislativo.

"Ameaçou de retaliação os parlamentares que votassem contra e para ter mais uma certeza de que venceria a votação, deixou para distribuir os cargos do segundo escalão do Executivo, incluindo para o aliado PMDB, para depois da votação. Mesmo os parlamentares com origem no movimento popular, em especial os do PT, traíram seus princípios temendo o corte definitivo de emendas. Triste e vergonhosa postura dos parlamentares", afirmou. Afrânio Boppré finaliza afirma que "a votação mostra a indiferença do governo federal diante dos verdadeiros problemas do nosso povo.

Aprovaram não um salário mínimo e sim um mínimo salário. É preciso desmistificar que a inflação será afetada pelo aumento do salário dos trabalhadores. Na hora de aumentar a passagem de ônibus e as tarifas públicas eles não dizem que a inflação vai aumentar. Ora, esse mesmo governo federal gasta 36% do orçamento da União com pagamento da dívida pública. Acreditamos na mobilização e vamos participar com honra de todas que houver porque votamos contra o escandaloso aumento dos salários dos deputados federais e senadores e não traímos nossos princípios", finaliza o presidente nacional do PSOL.