O líder dos Democratas, ACM Neto (BA), disse, nesta quarta-feira (9), que o corte de R$ 50 bilhões no orçamento federal de 2011 é a fatura que o governo petista pagará em decorrência das últimas eleições. Ele defendeu ainda que a Câmara aprove o orçamento impositivo.
"Nós, da oposição, afirmamos que era inadmissível o desperdício de dinheiro público com tantos cargos de confiança, com tantas funções comissionadas, com tantas concessões a setores ligados aos partidos do governo. Que era também inadmissível projetos que tinham caráter meramente eleitoreiro. E agora estamos diante do maior corte de gastos públicos já visto em toda a história do país: R$ 50 bilhões. Eles gastaram o que podia e o que não podia para ganhar as eleições e a conta chegou agora. O governo Dilma Rousseff tem responsabilidade solidária, pois é a continuação do governo Lula.", disse.
ACM Neto ressaltou ainda que teme que os cortes prejudiquem ações importantes para o desenvolvimento do país. "Esse é um tipo de contingenciamento que afetará obras, projetos e ações importantes. Não vi no governo até agora nenhuma disposição de fechar as torneiras de despesas como as indicações políticas, o corte dos cargos de confiança. Fizeram um orçamento eleitoreiro e fantasioso e agora tiveram que voltar à realidade. E a sociedade paga a conta", lamentou o parlamentar baiano.
O deputado cobrou do governo mais responsabilidade com as emendas parlamentares que também são alvos do corte orçamentário. "Não poderemos votar um orçamento de faz de conta. Chegou a hora de a Câmara levantar a cabeça e aprovar o orçamento impositivo", ressaltou. Ele lembrou que o contingenciamento das emendas parlamentares dará munição para rever o valor do salário mínimo.