Para não discutir as denúncias de irregularidades na secretaria de Educação, não houve sessão nesta segunda-feira (22), na Câmara Municipal de Salvador. A saída do ex-secretário Carlos Soares foi o tema das discussões pelos corredores da Casa Legislativa. Na Praça Municipal, manifestações em defesa de Soares. Segundo alguns vereadores da oposição, "tudo armado".
O ex-gestor, que teve seus bens bloqueados pela Justiça por causa de denúncias de desvio de verbas no total de R$ 7,8 milhões em dois contratos do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), contou com um ‘exército' de aproximadamente 300 pessoas que exigiram a sua volta ao posto.
Os vereadores se posicionaram. Olívia Santana (PCdoB) lembrou que em 2009, como presidente da Comissão de Educação e Cultura, fez dois requerimentos (um oral e outro escrito) para que Carlos Soares prestasse esclarecimentos à Câmara Municipal. Na opinião da vereadora, a ‘blindagem' feita ao ex-secretário era um indicativo de que algo não acontecia da forma adequada.
"Quem não deve não teme. A resistência dele em vir à Casa, no mínimo, dá margem a pensarmos que existe algo errado", declarou.
Já Pedrinho Pepê (PMDB) saiu em defesa do ex-secretário e respondeu à comunista.
"Quando Olívia Santana fazia parte da bancada do prefeito, sempre fizemos desta mesma forma. Não tem problema nenhum o secretário comparecer à Câmara, se for convidado formalmente. Mas sempre voto contra quando é uma convocação, uma imposição. Carlos Soares é um secretário competente, íntegro e que tem uma bela trajetória", defendeu.