Política

DEPUTADO CONDENA OPERAÇÃO DESASTRADA DA PM QUE MATOU MENOR

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| 22/11/2010 às 21:09
 O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN), protestou hoje contra a ação violenta e desastrada da Polícia Militar no Nordeste de Amaralina, na noite de domingo, que resultou na morte do menino Joel da Conceição Castro, de 10 anos, vítima de bala perdida que o atingiu no rosto. Hoje pela manhã, moradores do Nordeste fecharam a rua Visconde de Itaboraí, em Amaralina, em sinal de protesto.
 
Joel estava na janela de casa quando foi baleado, enquanto a PM fazia uma operação no bairro contra traficantes de drogas, quando começou um tiroteio. Segundo o pai do menino, mestre Ninha, a PM sequer o ajudou a prestar socorro ao filho que morreu duas horas depois de dar entrada no Hospital Geral do Estado (HGE).

"A violência fez mais uma vítima: uma criança de apenas 10 anos, morador do Nordeste de Amaralina. A vítima é uma criança que, por triste coincidência, fez propaganda para o governo da Bahia falando exatamente sobre a esperança no futuro, dizendo que queria ser mestre de capoeira como o pai. Morreu vítima de bala perdida, não se sabe se da polícia ou dos traficantes. Por isso a revolta dos moradores do Nordeste de Amaralina. A população carente, dos bairros populares não aguenta mais essa violência desenfreada", disse Bacelar.

O deputado cobrou a apuração da morte do pequeno Joel. "Quem é que se responsabiliza por essa ação desastrada da PM? Quantos mais vão precisar morrer até que se mude essa política de Segurança Pública perversa, que vitimiza apenas a população negra, pobre, e de bairros populares? Até quando essa comunidade vai ficar refém dessa violência que, quando não é dos bandidos, vem dos próprios agentes de segurança? Foi por isso que a comunidade do Nordeste de Amaralina estava protestando: porque quer oportunidade e porque está cansada da violência da Polícia, sem que o estado tome providências. A população quer justiça. Não quer a impunidade ou a violência desenfreada institucionalizada, porque de um lado temos os bandidos e do outro a polícia matando e justificando suas mortes com autos de resistência, invadindo casas de famílias pobres, entrando nos bairros de forma agressiva e despreparada, levando medo a população. Essa não é a polícia que queremos. Essa situação precisa mudar", concluiu Bacelar.