Mais de 20 mil professores do magistério da Secretaria da Educação do Estado da Bahia realizam neste domingo, 19 de setembro, a prova de avaliação de desempenho, que vai possibilitar o avanço na carreira. Hilton Coelho e César Carneiro, candidatos respectivamente a deputado estadual e deputado federal pelo PSOL, são contrários ao processo e acreditam que o governo estadual responsabiliza os professores por sua falta de política educacional que ocasiona problemas como evasão, reprovação e baixos rendimentos escolares.

"O que eles chamam de avaliação é na verdade a instituição de uma competição onde talvez os melhores colocados sejam financeiramente agraciados de alguma forma, mas milhares de profissionais aprovados em concurso, com especialização, mestrado e até doutorado, mesmo obtendo bons resultados nas chamadas, serão penalizados, pois, no caso da Bahia, a mudança de padrão só contemplará 3 mil em um universo de 50 mil sendo 20.545 inscritos para a avaliação", afirma Hilton Coelho.
 
César Carneiro acrescenta que "enquanto o governador Jaques Wagner gasta milhões com propaganda e deixa de contratar professores e coordenadores mesmo após determinação da Justiça, muitos alunos sentem-se impedidos de freqüentar aulas por conta da violência nas ruas e as escolas apresentam problemas no funcionamento que vão da estrutura elétrica à hidráulica. Wagner começou seu governo com a quebra dos interníveis da categoria e teve como resposta a greve de 57 dias em 2007; termina o mandato agora com a avaliação de desempenho, o maior calote já dado em uma categoria, e com a cobrança do famigerado imposto sindical. Desta vez, nossa melhor resposta será nas urnas".

Hilton Coelho e César Carneiro são mestres em História pela UFBA. César Carneiro é professor da rede pública estadual. Eles consideram fundamental para uma boa educação pública o fim das enturmações; mudança de grau, antiga classe, automática, considerando que nos últimos 3 anos a categoria ficou impedida de acessar esse benefício; eleição direta para diretor e fim das exonerações a juízo da autoridade; pagamento da URV; aposentadoria no ato da solicitação para professores e funcionários que completaram o tempo de serviço; concurso público e contratação de funcionários nos setores de secretaria, portaria, administrativo, limpeza e merenda. "Com essas e demais medidas conseguiremos ter uma educação pública, gratuita e de melhor qualidade na Bahia", finaliza César Carneiro. Carlos Alberto Carlão de Oliveira - MTb 1317 Assessoria de Imprensa 17 de setembro de 2010 *Para mais informações entrarem em contato com César Carneiro, telefone nº. 8787-0331 ou com Hilton Coelho (8899-2605).