Política

"ERENICEGATE": SERRA DIZ QUE DILMA NÃO PÔS A MÃO NO FOGO, PÔS TUDO

VIDE
| 13/09/2010 às 18:43
  O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou nesta segunda-feira (13) que a candidata petista Dilma Rousseff "não colocou a mão no fogo" pela ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, "mas ao mesmo tempo botou tudo" ao dizer que as denúncias contra a integrante do governo tinham motivação eleitoral.


  Erenice teve o nome em destaque em reportagem publicada pela revista "Veja" neste fim de semana. A revista afirma que o filho de Erenice cobrou propina de um empresário. Em debate televisivo no domingo, Dilma foi questionada sobre o caso.


 " Ela disse xis e menos um sobre xis na mesma fala. Ela não botou a mão no fogo, por um lado, e por outro disse que era uma jogada eleitoral. Ou seja, atacou aqueles que denunciaram. Quem denunciou, passa a ser culpado", afirmou Serra, em entrevista depois de participar da sabatina promovida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília.



Durante o debate transmitido pela "RedeTV" na noite deste domingo, Dilma foi questionada se colocaria a mão no fogo por Erenice, ex-assessora que a sucedeu no comando da pasta na Casa Civil. Dilma defendeu a apuração de todos os fatos pelo governo e disse que não poderia ser responsabilizada pelo que supostamente teria feito o filho de uma ex-assessora dela.


"Tenho a melhor e a maior impressão sobre a ministra [Erenice]", respondeu Dilma. "É uma acusação contra o filho da ministra. O governo deve avaliar se houve e punir os responsáveis. Com relação à ministra, foi feito uma acusação, ela foi desmentida e não foi feito absolutamente nada", complementou a petista.


Hilariante


Sobre o caso da violação dos sigilos fiscais de integrantes do PSDB e da sua própria família, Serra classificou de "hilariante" o argumento de Dilma de que o fato, ocorrido em 2009, não teria motivação eleitoral porque ocorreu em um período em que sequer ela era candidata e não havia pré-campanha nem campanha.

"É muito importante saber que [o caso] está ligado a uma questão político eleitoral e realmente a ideia de que ela não era candidata é hilariante. A Dilma, desde meados de 2008, começou a campanha ao lado do presidente da República, inclusive quem tocava a Casa Civil na prática era precisamente a atual ministra da Casa Civil. Isso até as paredes da Esplanada sabem disso.

Serra também fez uma análise do debate e voltou a alfinetar Dilma ao afirmar que a petista teria incômodo em discutir questões polêmicas como a quebra de sigilos fiscais de integrantes do PSDB e de seus familiares.

"Todo debate é bom. Todo debate permite que as pessoas observem e se sintam mais informadas sobre os diferentes candidatos. Especialmente sobre uma candidata que se oculta com tanta frequência, porque provavelmente essas discussões sobre estado de direito e sigilo incomodam", disse Serra