No foco do debate esteve a qualificação da mão-de-obra que vai atuar nos setores hoteleiro, de serviço e hospitalidade. "Teremos uma década em que o Brasil estará no centro das competições esportivas internacionais. Será um excelente momento para promover a imagem do país no mundo, gerar empregos e movimentar nossa economia. Para isso é preciso, além de melhorar a infraestrutura das cidades, estimular a profissionalização dos brasileiros", declarou o ministro Orlando Silva, que antecipou ainda a o lançamento de uma rede de treinamentos, organizado por sistema de metas, que o presidente Lula pretende lançar ainda este mês como parte dos preparativos para sediar a Copa do Mundo de Futebol.
DESENVOLVIMENTO
Orlando Silva destacou também que os grandes eventos esportivos são catalisadores do desenvolvimento do esporte de alta performance. "É a oportunidade de transformar o modelo de organização do esporte no Brasil, estimular a profissionalização e o planejamento do setor", disse o ministro. Nesse aspecto foi discutido o papel das universidades na formação de gestores de federações, clubes e centros olímpicos.
A deputada Alice Portugal, uma das organizadoras do debate, defendeu a criação de ações interdisciplinares que envolvam instituições de ensino superior, públicas e privadas, constituindo um grupo de trabalho para definir as potencialidades de cada uma na formação profissional dos baianos. "Queremos que essa baianidade, esse nosso jeito leve de ser, esteja a nosso favor, mas sabemos que a informalidade pode soprar contra a preparação da cidade para o evento. Portanto precisamos institucionalizar a profissionalização da mão-de-obra e dar chances aos baianos de servir melhor", explicou Alice.
A deputada federal ressaltou ainda que Salvador deve continuar na disputa para sediar a abertura da Copa no Brasil. "Saímos na frente com a construção da nova arena Fonte Nova e temos toda a riqueza cultural e vocação turística para recepcionar com maestria a abertura deste grande evento".
O secretário extraordinário da Copa, Ney Campello, reforçou o desejo do governo do estado da Bahia de ter as universidades como parceiras nos preparativos para o Mundial de 2014. "O sucesso de um projeto esportivo no Brasil e na Bahia passa pelo envolvimento da academia com o apoio em inteligência, na preparação de programas de formação e qualificação profissional, de ciência e tecnologia. A associação da universidade com o esporte é extremamente positiva para que a sociedade também comesse a entender os importantes legados que Copa deixará para o estado", disse o secretário, que, além de ressaltar o adiantado estágio das obras de estruturação física de Salvador, com relação a outras cidades sede, destacou o incentivo da Fundação Baiana de Amparo à Pesquisa (Fapesb) a projetos de inovação tecnológica, disponibilizando R$24 milhões em edital de apoio à pesquisa de soluções para a Copa do Mundo de 2014.