Política

HILTON COELHO DIZ QUE PREFEITURA DE SALVADOR PRECISA DE FAXINA MORAL

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| 15/08/2010 às 12:16

O candidato a deputado estadual pelo PSOL, Hilton Coelho, afirma que Salvador precisa de uma faxina geral, em especial nos aspectos moral e político. "Antes de criar factóides como a operação contra o xixi na rua, regulamentação de carga e descarga, o prefeito João Henrique deveria dar uma satisfação à população a respeito da série de escândalos que cercam sua gestão".


Hilton Coelho levanta alguns exemplos de escândalos que estão sem respostas convincentes. "Em 6 de janeiro de 2007 o servidor municipal Neylton Souto da Silveira foi assassinado nas dependências da Secretaria Municipal de Saúde e até hoje o caso permanece nebuloso. Por que mataram Neylton Silveira, funcionário sério e honrado? O que ele descobriu para ser eliminado? Nenhuma dessas questões foi respondida e o silêncio de João Henrique é total".


Outra situação irregular, segundo Hilton Coelho, foi a aquisição de materiais para a Guarda Municipal em 2009. "O Superintendente da Guarda Municipal foi citado na Operação Nêmesis, da Polícia Federal, em 2009, como o responsável pela indicação para que a empresa Central de Negócios participasse da cotação de preços. Ela saiu vencedora em dois lotes, fardas e acessórios. O Ministério Público, de acordo com a promotora Rita Tourinho, colocou sob suspeição a compra. Mais uma vez o silêncio continua na prefeitura", afirma Hilton Coelho.


O que Hilton Coelho classifica como indústria das multas, rende à prefeitura algo em torno de R$ 2,4 milhões. "Dos 23.796 recursos julgados, de junho de 2007 a julho de 2008, pela Comissão de Defesa da Autuação da SET, apenas 429 processos foram deferidos ao cidadão, ou seja, 98,2% dos recursos apresentados pelos motoristas foram automaticamente indeferidos. A população é punida sem direito de defesa".


"Outro fato que chama a atenção foi a exoneração de Miguel Kertzman da Transalvador depois dele pedir uma auditoria no órgão, via Corregedoria Municipal. Ele descobriu que a Transalvador acumula dívida de R$ 12 milhões com fornecedores e um déficit mensal de R$ 3,5 milhões. A situação chegou a tal ponto que recentemente os fotossensores foram desligados causando uma grave risco à segurança da população", exemplifica Hilton Coelho.


"“Por fim, quer dizer, até hoje, dia 15, uma das pessoas de maior prestígio e poder na prefeitura de Salvador, a arquiteta e ex-secretária municipal de Planejamento, Kátia Carmelo, vem a público denunciar um esquema de negociatas clandestinas das famigeradas Transcons que causaram ou podem causar um prejuízo aos cofres públicos de R$ 500 milhões se a suposta fraude continuar. Até quando vamos ver tantas ações sem a menor transparência acontecer e o prefeito ficar calado se escondendo?", finaliza Hilton Coelho.