Política

POPULAÇÃO AINDA ESTÁ DESCONFIADA SE REELEGE WAGNER, POR TASSO FRANCO

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| 14/08/2010 às 09:07
DataFolha: Wagner (45%); Souto (23%); Geddel (10%); Bassuma (1%); Indecisos (14%)
Foto: DIV
  Há uma nítida vantagem do governador Jaques Wagner no caminho da reeleição com possibilidade real de vencer o pleito no primeiro turno, segundo dados da última pesquisa do DataFolha que o coloca com 45% das intenções de votos seguido de Paulo Souto (DEM), com 23%; Geddel Vieira Lima (PMDB), 10%; Luiz Bassuma (PV), 1%; os outros três candidatos não atingiram 1% cada; brancos e nulos 5%; e 14% de indecisos.

  Em relação a presquisa anterior, Wagner subiu 1%; Souto 1% e Geddel perdeu 3%. Considerando a margem de erro, a rigor, continua tudo no mesmo. O eleitorado baiano diante do número de indecisos (se mantém em 14%) ainda não se decidiu em definitivo porque Wagner precisa acrescer ao seu número de intenções de votos atual (45%) mais 8% do eleitorado para atingir a performance que obteve em 2006 (53%). Assim como Souto está muito longe dos 43% que obteve, em 2006.

  Situação confortável, diria, é do governador de Pernambuco, Eduardo Carmpos (PSB), o qual tem 62% contra 21% do seu adversário, Jarbas Vasconcelos (PMDB); ou do governador Sérgio Cabral do Rio de Janeiro (PMDB), com 57%; contra apenas 14% de Gabeira (PV). Portanto, na Bahia, ainda é preciso comer muita poeira tanto Wagner; quanto os outros candidatos. Aliás, o que todos estão fazendo.

   O que causa certa admiração é o fato de que o presidente Lula tem uma aprovação de 85% na Bahia, sua candidata a presidente já passa de 52% das intenções de votos no Estado, mas, a candidatura Wagner se amarra nesse patamar de 45%. Isso significa dizer que seu governo é apenas mediano e a população ainda está desconfiada analisando se lhe confere mais um voto de confiança ou não. 

  Daí que, no caso da Bahia, especificamente, a propaganda eleitoral que se inicia na próxima terça-feira, 17, no rádio e na televisão (mais na tv) e os debates que se seguirão na TV terão um peso significativo nesse processo de escolha, ainda que Wagner se mantenha como preferencial.

  Veja que, no Brasil, em benefíco de Wagner (e também de Geddel) a candidatura de Dilma Rousseff abriu uma margem de 8% para Serra (41% x 33%) e essa será uma outra questão a ser destacada no rádio e na TV, pois a vertificalização confirmada pelo TSE permitirá que, tanto Wagner/Pinheiro/Lídice; quanto Geddel/César/Edvaldo usem Dilma/Lula em suas campanhas. Vai ser um "inferno" na cabeça do eleitorado.

  Também causa certa surpresa o fato do ex-ministro Geddel, com tantos apoios e alianças partidárias, uma campanha intensa no interior, não tenha decolado dos 10% das intenções de votos. Geddel, agora, aposta todas suas fichas no horário eleitoral e nos debates.

  Admite-se, ainda, a possibilidade de Luiz Bassuma (PV) conquistar um pouco mais de votos uma vez que Marina Silva, a candidata a presidente do PV se mantém com 10% do eleitorado e tem sido o fiel da balança da campanha nacional para levar o pleito a um possível segundo turno. Hoje, a diferença é de apenas 3% para que Dilma vença em 1º turno.

  Esse é o quadro. Na Bahia, então, a ordem é comer poeira.