Política

ALELUIA DIZ QUE GOVERNO PRECISA TER SETOR PRIVADO SAÚDE COMO PARCEIRO

VEJA
| 12/08/2010 às 07:19

O candidato ao Senado Federal pela coligação "A Bahia Merece Mais", José Carlos Aleluia, defendeu uma ação articulada entre governo e organizações filantrópicas e empresariais na área de saúde, durante evento promovido pela Associação dos Hospitais e Serviços Públicos da Bahia (Ahseb), Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde da Bahia (Sindhosba) e Federação Baiana de Saúde (Febase), na quarta-feira (11/08), no Hotel Pestana.

"O governo brasileiro precisa dar ao setor privado de saúde um tratamento de parceiro e não de adversário. Há soluções privadas para os problemas públicos. É viável fazer parcerias", afirmou Aleluia. Para ele, a prestação de serviços de saúde pela iniciativa privada atende significativa parcela da população brasileira, que ficaria sem assistência se dependesse apenas do atendimento público.


"Mais de 20% da população brasileira é atendida pelo sistema privado. Isso permite que os recursos do SUS sejam destinados aos mais carentes. Só por isso o setor privado de saúde merece um melhor tratamento governamental. Mas a escorcha tributária é o que prevalece sobre um segmento em grande parte constituído por pequenas e médias empresas e gerador de muitos empregos", disse Aleluia, comprometendo-se, no Senado Federal, a trabalhar pela desoneração fiscal da área de saúde.


O candidato democrata destacou a necessidade da articulação política do setor no Congresso Nacional para fazer valer seus interesses. Ele citou o fato de a tributação sobre remédios veterinários ter alíquotas bem inferiores aos medicamentos humanos. "Essa foi uma conquista da bancada ruralista, que se uniu e lutou por um objetivo comum", ressaltou.


A falta de financiamento para o setor privado de saúde no País também foi observada por Aleluia. "O BNDES, que deveria estar financiando o setor e cumprindo o papel social previsto na letra ‘S' de sua sigla, prefere financiar fusões de grandes empresas, como a da Sadia com a Perdigão. É uma perversão o BNDES destinar 70% de recursos que são do povo brasileiro a apenas 14 grandes empresas. Precisamos acabar com isso", reclamou.