O reinado de Paulo Henrique Reis, o "Dilmaboy", na internet pode ainda não ter terminado, mas, ao menos, ele ganhou concorrentes à altura. Lançado no Youtube na quarta-feira, 04, o vídeo "Serra que é o tal", da Turma do Chapéu, é o primeiro que procura, de maneira irreverente, angariar votos para o candidato do PSDB à Presidência da República.
Com versos como "O Serra só quer o seu bem / A ex-ministra, não (Dilma, não)" e "O Serra que é o tal / É no Serra que eu vou votar", o vídeo, que conta com mais recursos de produção que o caseiro "Dilmaboy", faz parte de um programa do grupo na internet. Veiculada via livestream, a TV Turma do Chapéu vai ao ar todos os dias a partir das 19h45.
Turma - Filiados à Juventude do Partido da Social Democracia Brasileira de Belo Horizonte (PDSB-BH), os nove integrantes da Turma do Chapéu foram assim apelidados pelo atual governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), como explica um deles, Gabriel Bagno.
"A primeira vez que usamos o chapéu em um evento foi na convenção do PSDB de Minas. Depois disso, passamos a participar de diversas ações de campanha e eventos políticos. Nosso objetivo é fazer as pessoas participarem da política de uma maneira diferente. Conectar pessoas e ideias por meio da internet. Passamos o chapéu recolhendo ideias. Tiramos o chapéu para quem admiramos. Damos o chapéu em quem vai contra nossos princípios. Queremos renovar!", explica.
Questionado se é o PSDB que financia as produções do grupo, Bagno deu uma resposta indireta. "A Turma do Chapéu reúne pessoas com formação e habilidade em diversas áreas. A composição foi resultado de um trabalho em equipe e algumas horas de enclausuramento dos compositores. Todos ajudaram de alguma forma e o resultado é o vídeo que vocês puderam assistir", acrescenta.
"Dilmaboy" X "Serraboys" - Enquanto Dilmaboy recorreu à atual Lady Gaga e na paródia da música "Telephone" chega a imitar a coreografia do videoclipe, a Turma do Chapéu recorreu aos anos 80. A música "Final Countdown", segundo Bagno, remete a desbravamento, luta, conquista.
"Não pegamos uma música qualquer, porque ela estava na moda ou porque é desse ou daquele artista. Escolhemos a música porque o conceito dela combina com o Serra e com o tipo de campanha que queremos fazer. Além disso, apesar de ser dos anos 80, a música escolhida ainda é facilmente lembrada. A pessoa pode até não se lembrar do nome, mas, com certeza, quando ouvir, a música vai soar como algo conhecido", garante.
Até a noite de sexta-feira (06), "Serra que é o tal" contabilizava 2.093 acessos, um número considerado pequeno em comparação com as mais de 21 mil visitas obtidas por "Dilmaboy". No twitter, a repercussão do vídeo ainda é morna, mas a grande maioria dos que comentaram a produção a considerou "divertida" e "engraçada".