Para César Borges, outras irregularidades também ocorreram. "Como se não bastasse a ausência de impessoalidade, transparência e fiscalização com o dinheiro público do povo baiano, a magnitude dos valores chama atenção, principalmente quando comparamos com os recursos alocados em outras áreas prioritárias, como segurança pública", afirmou.
Segundo o senador, "não é aceitável" que as ONG's tenham recebido, somente em 2009, cerca de R$ 109 milhões, enquanto o total investido pela Secretaria de Segurança Pública, no mesmo período, não tenha passado de R$ 26 milhões.
Borges lembrou que a segurança pública na Bahia vive um período crítico, com crescimento de 18% na taxa de homicídio nos cinco primeiros meses do ano, comparado com o mesmo período do ano passado, "e, no entanto, a segurança parece não ser uma prioridade do atual governo".
O senador disse que tem visitado municípios do interior e a grande queixa dos prefeitos é a segurança. "Até mesmo a gasolina das viaturas de polícia é paga pelas prefeituras para que os policiais possam fazer as rondas", afirmou.