"O Ministério Público Estadual, os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios e a Justiça Eleitoral precisam investigar como foram distribuídos e como estão sendo aplicados esses recursos", disse o presidente da UPB, em matéria publicada na edição desta segunda-feira (26) pelo jornal A Tarde.
De acordo com o jornal, somente nos dois meses (maio e junho) que antecederam o período vedado pela lei eleitoral para transferências voluntárias aos municípios, o governo repassou R$ 154,1 milhões, ou seja, 85% do total de contratos celebrados durante toda a gestão - R$ 180,9 milhões. Somando-se os repasses dos quatro primeiros meses deste ano, o total chega a R$ 181, 5 milhões, R$ 600 mil a mais que no período 2007 a 2009.
Entre 22 cidades que mais receberam repasses em 2010, 15 são administradas pelo PT e outra PP. As outras sete pertencem aos partidos de oposição.
O líder do PMDB na Assembléia Legislativa da Bahia, deputado Leur Lomanto Jr. considerou os repasses do governo como sendo "uma manobra eleitoreira". Para ele, a situação é ainda mais grave, porque os recursos foram concentrados nos municípios governados por aliados do governador Jaques Wagner.
"É uma manobra eleitoreira que não tem como princípio o uso constitucional do dinheiro público", observou o deputado oposicionista.