Política

CANDIDATO AO SENADO PELO PSOL PREOCUPADA COM VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

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| 22/07/2010 às 14:00
 A pofessora Zilmar Alverita, candidata a senadora pelo PSOL (505), se declarou preocupada diante da escalada da violência contra a mulher. Um exemplo é o que ocorre em Salvador. Em 2007 foram registradas 8.875 ocorrências policiais na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) o que abrange desde ameaças até lesões corporais, espancamentos, estupros, dentre outros.

Em 2008, a DEAM registrou 7.520 ocorrências. As estatísticas mais recentes ainda estão em estudos mas já são preocupantes. "É mais que urgente a adoção de uma política de Estado para combate à violência contra a mulher, em especial contra o feminicídio, isto é, a morte de mulheres que morrem por serem mulheres e por lutarem por direitos civis fundamentais como a liberdade de pôr fim a um relacionamento ou de ter a paternidade de um filho reconhecida", afirmou Zilmar Alverita.

A candidata ao Senado pelo PSOL é graduada em Filosofia na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e fez mestrado em Estudos de Gênero e Feminismo, no Programa de Pós-Graduação do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) da UFBA, no qual estudou teoria feminista.

"Queremos não apenas a punição rigorosa dos culpados, pois seria algo inaceitável se isso não ocorresse. Queremos mais. Queremos que o Estado tenha uma política específica de combate à violência relacionada ao gênero feminino. Queremos também que o Ministério Público e Poder Judiciário assumam suas responsabilidades na transformação de um sistema de Justiça exclusivamente punitivo, aquele que pune após o fato consumado, em um sistema de Justiça capaz de assegurar proteção às mulheres e aos cidadãos em geral que apelam por sua intervenção", acrescenta Zilmar Alverita.
 
O candidato a deputado estadual pelo PSOL, Hilton Coelho (50150) exemplifica com um dado a situação de violência contra a mulher. "Em um espaço de 10 anos, de 1997 a 2007, 41.523 mulheres, como Mércia Nakashima e Eliza Samúdio, foram assassinadas. Ou seja, mais de 10 vítimas por dia, com base em estatísticas do Sistema Único de Saúde (SUS)". Zilmar Alverita finaliza afirmando que "não podemos mais ficar com ações pontuais para impedir a violência contra a mulher. Os crimes cometidos majoritariamente por maridos, ex-maridos, namorados e ex-namorados devem ser combatidos com leis rígidas e uma ação de proteção do Estado. Os números hoje são vergonhosos e colocam o Brasil em nível próximo ao dos recordistas nesse tipo de crime, África do Sul e Colômbia"