Conforme o BJÁ já tinha divulgado, a Bahia continua sendo um dos estados cujo eleitorado menos cresce, com base nos dados estatísticos divulgados pelo TSE sobre o contingente nacional que participará das eleições em 03 de outubro próximo.
Em março deste ano, o TSE contabilizava que o eleitorado baiano tinha crescido numa década somente 12, 98%, enquanto que o contingente brasileiro aumentava 21,32%, ficando em ultimo lugar, bem distante dos índices alcançados por Alagoas (31,62%), Maranhão (33,0), Sergipe (27,6), DF (38,1), Ceará (24,4), Minas Gerais (16,4), São Paulo (23,0), Espírito Santo (22,4), Paraíba (24,1) e Santa Catarina (22,6).
Agora, entre o pleito de 2006 e o próximo, o eleitorado baiano cresceu 4, 84 %, pouco mais da metade do experimentado pelo brasileiro que foi de 7, 85%, verificando-se mais uma vez que os índices de Alagoas (9,40%), Maranhão (10,3), Sergipe (9,7), DF (10,95), Ceará (9,69), Minas Gerais (6,15), São Paulo (8,07), Espírito Santo (8,00), Paraíba (6,46) e Santa Catarina (8,88), Pernambuco (7,09) são muito superiores. Somente o Rio Grande do Sul alcançou um índice inferior da Bahia, com crescimento de 4,66%, tendo outros estados que ficaram próximos no primeiro levantamento experimentado aumentos significativos, como Rio de Janeiro (6,41) e Paraná (6,74).
O que chama atenção é que, estados com eleitorado bem menores que o da Bahia, obtiveram crescimentos nominais superiores, como Paraná (cerca de 480 mil eleitores), Ceará (552 mil) , Pará (611 mil), contra em torno de 441 mil baianos, chegando ao caso de Pernambuco quase atingir esse patamar com 425 mil eleitores de acréscimo.
A analise da composição do eleitorado segundo a faixa etária mostra que com até 20 anos tem-se 8,78 % do total, quando em 2006 a participação alcançava 10,55, levando-se a interpretar que muitos jovens em idade para exercer o direito do voto não obrigatório estão deixando de se alistar.
Já o comparativo da participação dos contingentes com idades medias de 25 a 59 anos, verifica-se que permaneceram praticamente iguais, pois, em 2006, representavam 63,58 do eleitorado baiano, enquanto que agora 65,79 %.
No caso dos eleitores com idade acima de 60 anos, constata-se um percentual atual de 14,58 %, enquanto que , em 2006, atingia 13,69, o que demonstra um crescimento meramente vegetativo.
Uma pergunta que precisa ser esclarecida: por que o eleitorado baiano é o que menos cresce no País? Segundo os dados constantes, no portal do TSE na internet, sobre a evolução do eleitorado brasileiro, o contingente baiano aumentou, numa década (outubro de 2000 a março deste ano), somente pouco mais da metade (12,98 %) da media nacional (21, 32 %).
Comparando com o crescimento do eleitorado de outros estados que têm experimentado aumento populacional linear, verificam-se grandes diferenças das seguintes formas: Alagoas (31,62%), Maranhão (33,0), Sergipe (27,6), DF (38,1), Ceará (24,4), Minas Gerais (16,4), São Paulo (23,0), Espírito Santo (22,4), Paraíba (24,1) e Santa Catarina (22,6).
Quem mais se aproxima do índice de crescimento da Bahia são Rio Grande do Sul (12, 99), Rio de Janeiro (15,0) e Paraná (14,7), sendo que, nos estados que possuem fronteiras agrícolas, os números são estratosféricos comparados com o nosso: Amapá (60,6), Amazonas (40,2), Roraima (37,7), Pará (39,3) e Acre (37,6).
Quando se analisa a relação entre a população e o eleitorado, também se constata que a Bahia fica bastante atrás, com um índice de 63, 6 % dos seus habitantes sendo eleitores, enquanto que o total nacional alcança 69,5 % do povo brasileiro. Por sua vez , comparando com a situação particular dos outros estados, verifica-se que se posiciona apenas a frente de Roraima (60,8) e Pará (63,3), experimentando uma discrepância grande, principalmente com os do sul-sudeste, a exemplo do Rio Grande do Sul (73,6), São Paulo (72,1), Minas Gerais (71,2), Rio de Janeiro (71,3), Espírito Santo (71,4), Santa Catarina (72,6) e assim continua.
Mas, também os estados do nordeste e centro oeste possuem índices parecidos com as regiões mais urbanizadas, como Rio Grande do Norte (70,0), Paraíba (70,7), Piauí (70,3) Tocantins (71,0), Mato Grosso do Sul (70,2) e outros mais.
Uma certeza pode se tirar a partir destes dados: a eleição para deputado federal fica mais fácil na Bahia do que em estados de menor população, porque o quociente eleitoral tende a subir a cada pleito, já tendo ocorrido inversão de situações no quociente eleitoral absoluto ( divisão do eleitorado total pelo números de vagas a preencher) , como pode-se exemplificar : na Bahia, esse dado é de cerca de 238 mil enquanto que no Rio Grande do Norte atinge 274 mil, Espírito Santo ( 249 mil), Pernambuco(246 mil), Santa Catarina (277 mil), Ceara (261 mil), Pará (273 mil).