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Líder da oposição, Heraldo Rocha, discute com prefeito Tito, de Santa M. da Vitória
Foto: BJÁ
Nada feito. Os deputados estaduais não votaram nesta terça-feira, 20, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o projeto do deputado João Bonfim que reorganiza os limites territoriais dos municípios baianos, o reajuste dos servidores do Ministério Público, nem o projeto de Álvaro Gomes, PCdoB, que extingue a tarifa assinatura dos telefones fixos e ainda aconteceu uma discussão entre o líder da Oposição, Heraldo Rocha, DEM, e alguns prefeitos presentes no saguão da Assembleia. Por pouco, não acontecendo uma briga entre Heraldo e o prefeito Tito Cardoso, PMDB, do município de Riacho de Santana.
A questão é que não houve, mais uma vez, o tão esperado acordo de lideranças para votar a LDO e a Oposição colocou como premissa só votar todos os projetos, em bloco, desde que as emendas à LDO da oposição fossem contempladas, plenamente. Como isso não aconteceu e o governo não consegue votar a matéria nas Comissões, onde tem minoria, e levar de roldão no plenário, a sessão caiu. Sobrou então para os prefeitos que esperavam a aprovação do projeto de João Bonfim, nesta terça, o que não aconteceu.
Para o prefeito Tito Cardoso em discussão com Heraldo Rocha, na hora em que os deputados precisam dos prefeitos, "nós sempre nos esforçamos para atender". Agora, "abrimos mão de tudo, um projeto que não é do governo e sim do interesse dos municípios, não conseguimos aprovação na Assembleia", disse Tito resposabilizando o líder da oposião de ter pedido verificação de quorum e derrubado a sessão.
Heraldo respondeu ao prefeito dizendo que a Assembleia é uma casa política e segue ritos que obedecem determinados procedimentos. "Companheiros nossos, do bloco da oposição, não concordaram com o acordo sobre a LDO e todas as matérias só serão votadas em bloco", destacou.
Heraldo disse ainda que não estava preocupado com as pressões dos prefeitos e a matéria volta à pauta, ou nesta quarta-feira, 11, ou na próxima terça-feira.
Entende o deputado João Bonfim que é inadmissível essa postura da oposição de só votar o seu projeto em bloco. "Não tem sentido meu projeto está condicionado à votação da LDO. Pode, perfeitamente, ser votado em separado", diz. Para Bonfim, desde que haja um acordo de lideranças isso é perfeitamente possível, e/ou o líder da bancada governista colocar a maioria na Casa e votar.
O deputado Waldenor Pereira (PT), líder do governo, disse a um grupo de prefeitos que "se a Oposição quiser votar a gente vota esse projeto agora. Quero deixar bem claro que a nossa posição é a favor do projeto do deputado Bonfim", frisou.
TELEFONES
O deputado Álvaro Gomes (PCdoB) também lamentou que seu projeto não tivesse sido aprovado. "Meu projeto não precisa de acordo algum e está pronto para ser votado, o que espero acontecer o mais breve possível porque é importante para o sonsumidor que se vê livre de um encargo absurdo".