veja
Presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, dep João Bonfim, prefeita Jailma, e os kiriris
Foto: Paulo Mocofaia
Deu chabu. Uma forte discussão provocada pelo deputado Gaban (DEM) com a deputada Fátima Nunes (PT), devido solicitação desta para que o Democrata reconsiderasse o pedido de verificação de quórum, Gaban bastante alterado e atacando a parlamentar com palavras agressivas, fez com que o presidente Marcelo Nilo (PDT) suspendesse a sessão desta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, que votaria a LDO e outros projetos, inclusive aquele que reorganiza as dimensões territoriais de alguns municípios.
Marcelo fez considerações no sentido de que Gaban respeitasse seus colegas e usar de forma mais racional o parlamento como local de debates e não de agressões, e deu por encerrada a sessão. Fica, então, para a próxima terça-feira, 20, uma nova tentativa de votação das matérias (LDO, reajuste para pessoal do Ministério Público, projeto de João Bonfim sobre divisão territorial dos municípios e projeto de Álvaro Gomes sobre fim das tarifas telefônicas por assinatura).
A prefeita de Banzaê, Jailma Dantas, que trouxe do seu município mais de 35 índios kiriris num ônbus, grupo que está acampado nas dependências da Assembleia Legislativa desde ontem, apelou para que este pessoal ficasse na Casa até dia 20.
Alguns dos índios inclusive estão com crianças e essa foi uma forma de pressão que a prefeita encontrou para sensibilizar os deputados no sentido de votarem o projeto de João Bonfim, que, mantém os limites territoriais dos municípios, antes das mudanças efetuadas pelo IBGE com medição via satélite (GPS).
Em reunião no gabinete do presidente Marcelo Nilo no final da tarde este ponderou que, embora a Assembleia estivesse aberta para mantê-los na Casa, o melhor seria o grupo retornar a Banzaê e voltar a Salvador na terça-feira próxima, à tarde, quando a matéria volta a ser apreciada. E, de fato, foi isso que aconteceu. O ônibus com os índios retornou a Banzaê.