Política

PMDB TENTA ACALMAR EMPRESÁRIOS SOBRE PROGRAMA RADICAL DE DILMA

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| 14/07/2010 às 10:26

Após não ter suas sugestões anexadas ao programa de Dilma Rousseff registrado no TSE, o PMDB acertou com a campanha petista que irá reforçar o combate à versão de que Dilma, se eleita, se renderá aos radicais do PT.

A decisão abrange a montagem de novo programa, que buscará ser fator de equilíbrio na área econômica, e a participação do candidato a vice, Michel Temer, na tarefa de dizer ao empresariado que ela não se comprometerá com propostas como redução da jornada de trabalho.


Ontem Temer recebeu Antonio Palocci (PT), um dos coordenadores da campanha de Dilma, para definir como será a fusão dos programas.


"Foi um cochilo, no prazo final para registro da candidatura anexaram um documento que não era o programa da chapa de Dilma", disse Temer à Folha sobre a apresentação, como programa de Dilma, de diretrizes petistas --taxação de grandes fortunas, redução da jornada e controle social sobre os meios de comunicação.

A ideia, diz ele, é fazer do "limão uma limonada": o novo programa será divulgado em agosto e representará todos os partidos da aliança.


O PMDB deu como superado o desconforto com o episódio e crê que agora haverá mais entendimento na aliança com a inclusão oficial de Moreira Franco (PMDB) no comando da campanha.

Vice-presidente da Caixa, Moreira participou ontem da reunião de Temer com Palocci. Ele vai se afastar do cargo, mas com o acerto de que reassumirá suas funções ao término da campanha.

Palocci acertou com Temer que ele, como candidato a vice, irá representar Dilma em alguns encontros com empresários. Procurado pelo setor para falar sobre o risco de uma guinada à esquerda da petista, Temer diz que isso não ocorreu no governo Lula e não irá ocorrer com Dilma.