vide
Raimunda Maciel (TCE), deputados Câmera e Álvaro, Vladimir Aras e Antonio Leal (MP/BA)
Foto: BJÁ
O Presidente da CPI do Metrô, deputado Álvaro Gomes (PCdoB), condenou setores da imprensa baiana, os quais, segundo sua visão, precisam "diminuir a dosagem de pessimismo em relação à eficácia dos trabalhos da comissão".
Álvaro não citou termos utilizados por alguns veículos dando conta de que a CPI terminará em pizza. E relatou que, nunca faltou a uma sessão e trabalha com seriedade, para que a CPI não se transforme em "sensacionalismo" ou possa operar "milagres".
Dados do presidente: primeira reunião da CPI, dia 14 de abril; segunda reunião (21/4) não houve porque foi feriado de Tiradentes; terceira reunião (29/4) também não houve porque deputados amanheceram na ALBA durante sessão da votação do empréstimo junto ao BNDES; quarta reunião (5/5) faltou quórum; quinta reunião (12/5) aconteceu para analisar pauta; sexta reunião (13/5), especial para ouvir o procurador Vladimir Aras.
Então, segundo Álvaro, ele tem feito de tudo para a CPI funcionar. Já solicitou suportes técnicos da ALBA, TCE, TCU e MP/BA; e informações à Prefeitura de Salvador, Ministério das Cidades, Conder, PT e MPF. E já reiterou novos pedidos a esses órgãos. Mas, até agora, pouca coisa chegou.
Na sessão de hoje, dos oito titulares da CPI compareceram 5: o presidente Álvaro Gomes,(PCdoB) o relator Paulo Câmera (PDT), e os deputados João Carlos Bacelar (PTN), Paulo Azi (DEM) e Elmar Nascimento (PR). Faltaram Paulo Rangel (PT), Arthur Maia (PMDB) e um outro membro a ser indicado pela liderança do governo para o lugar da ex-deputada Eliana Boaventura.
O líder do PMDB, Leur Lomanto Jr, sendo membro substituto cobriu a ausência de Arthur Maia. Dois outros deputados também compareceram: Ferreira Otomar (PMDB) e o líder da Oposição, Heraldo Rocha (DEM), o qual, voltou a afirmar no plenário da CPI que a base do governo, sobretudo o PT, não quer saber da comissão, nem colaborar.
Também em plenário, o líder do PMDB, deputado Leur Lomanto Jr, cobrou de Álvaro uma posição do PT que ficou de indicar um membro para substituir Eliana Boaventura e até agora nada. Álvaro respondeu que vai cobrar de Waldenor.
Pelo exposto, vê-se, pois, que a imprensa tem atuando com realismo, e não com pessimismo como diz Gomes, porque além dos limites impostos pelo STJ, a mobilidade da CPI é pequena. De seis sessões, três ocorreram.
O deputado Elmar Nascimento tanto reconhece isso que propôs como próximo passo da CPI uma viagem a Brasília, no TCU para ver como anda o processo, e sobretudo ao STJ. Caso contrário, se o STJ não decidir sobre a Operação Castelo de Areia a CPI tende a se transformar em algo que não terá um final feliz.
* (Foto) Na mesa, a representante do TCE, Raimunda Maciel; relator deputado Paulo Câmera; presidente da CPI, Álvaro Gomes; procurador federal Vladimir Aras; e representante do MPE, Antonio Leal.