A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades nas obras do metrô de Salvador, instalada pela Assembléia Leislativa, realiza amanhã, quinta-feira, 13, às 10h30, sessão extraordinária para ouvir o procurador da República, Vladimir Barros Aras, responsável pelo inquérito de improbidade administrativa nas obras do metrô.
Conforme o procurador Vladimir Aras, uma raiz do problema nas obras do metrô de Salvador foi detectada na Operação Castelo de Areia, deflagrada em São Paulo pela Polícia Federal, quando a empresa Camargo Corrêa foi denunciada por superfaturamento em obras públicas, estando ela à frente do início das obras do metrô de Salvador, em 2000.
Dentre as irregularidades apontadas pelo procurador, conforme o TCU, que gerou o processo de improbidade, está a insuficiência de um projeto básico, causando uma série de alterações nos serviços, a ausência de planilha com custo unitário, dificultando o controle mais rígido, o fracionamento do serviço elétrico e a falta de audiência pública. Na próxima semana será a vez do procurador da República Wilson Rocha de Almeida Neto. Os procuradores da República trabalham em dois âmbitos: um cível e um criminal.
Hoje foi a primeira sessão da CPI depois da instalação, em 7 de abril e da posse do presidente e relator, oportunidade em que o deputado João Carlos Bacelar (PTN), membro titular do colegiado apresentou diversos requerimentos convidando gestores e ex-gestores municipais e estaduais que tinham vínculo com as obras.
Foram convidados os ex-secretários de Transportes e Infraestrutura de Salvador, Nestor Duarte Neto e Almir Melo já na administração João Henrique (PMDB) e Ivan Barbosa que atuou no governo Antonio Imbassahy (PFL); junto às obras do Metrô de Salvador, os ex-presidente da Conder Maria Del Carmen, no governo Jaques Wagner e Mário Gordilho, nos governos passados e, finalmente, Luiz Hebert Silva Motta, diretor presidente da Companhia de Transporte de Salvador (CTS), que atua junto às obras do Metrô de Salvador.
Na sessão de hoje, o plenário foi constituído basicamente de deputados da Oposição: João Carlos Bacerlar (PTN), Elmar Nascimento (PR), Paulo Azi (DEM), Luís de Deus (DEM), o líder da Oposição, Heraldo Rocha (DEM), e Arthur Maia (PMDB) e o líder do partido, Leur Lomanto Junior (PMDB). Apenas os governistas Álvaro Gomes (PcdoB), presidente do colegiado e Paulo Câmara (PDT), relator, estavam na sessão.