Está sacramentado o nome do deputado Walter Pinheiro como candidato do PT ao Senado na chapa do governador Wagner e deverá ser anunciado no próximo domingo, 16, no Congresso do partido em Salvador. O almoço com a bancada do PT na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 11, no Barbacoa, com as presenças de todos os deputados estaduais, dos líderes da maioria, Waldenor Pereira, e do PT na ALBA, Paulo Rangel, só foi uma maneira de levar o assunto ao público diante de uma disputa interna que, a rigor, nunca houve pra valer. Aliás, bem diferente de 2008.

  O candidato "in-pectore" do governador sempre foi Walter Pinheiro, esboçou-se uma reação de poucos deputados corporativistas apoiando o nome de Waldyr Pires, o deputado Nelson Pellegrino ensaiou uma candidatura para refogar nome, e a chapa será anunciada completa no domingo, conforme já dito aqui neste BJá com Wagner ao governo; Otto Alencar e vice; e Lídice e Pinheiro ao Senado.

  Durante o almoço no Barbacoa, Pinheiro ainda tentou desconversar afirmando que ainda não está nada certo e que o PT está resolvendo o que considera "bom impasse" na disputa com seus companheiros Waldyr e Pellegrino. Diz, no entanto, estar honrado com o apoio da bancada na Assembleia, de forma integral, e que o importante é "trabalharmos todos unidos pela vitória do projeto Lula/Dilma, e pela reeleição de Wagner".

  E, evidente, pela eleição dos dois candidatos ao Senado. Para tanto, ainda pisando no caminho da humildade, comenta que espera a decisão final do PT para se incorporar de vez, "de corpo e alma", nesse projeto. Vê com bons olhos a eleição dos dois candidatos ao Senado na chapa Wagner entendendo que o governador está bem na fita, vai se reeleger, e puxar os nomes ao Senado.

  Lembrou que, em 2006, haviam três nomes ao Senado com perfis parecidos: Antonio Imbassahy, Rodolfo Tourinho e João Durval. "E venceu quem? - questiona e reponde. Venceu João Durval porque estava alinhado com o projeto vitorioso que foi o de Wagner". 

   COMENTÁRIOS

   Para os líderes do PT na Assembleia, Paulo Rangel e Waldenor Pereira, ainda que não expressem que Pinheiro está ungido e posto como candidato ao Senado, uma vez que caberá ao governador fazer o anúncio e ao presidente do PT, não há dúvidas sobre a candidatura Pinheiro.

  Waldenor, sempre discreto, comenta que o quadro eleitoral é favorável ao governador Wagner, as pesquisas internas do governo apontam nessa direção, e o nome Pinheiro honra o partido e é bastante competitivo.

  Vê, ainda, a melhoria da economia na Bahia e no Brasil como um ponto bastante positivo tanto para Dilma como para Wagner, a geração de novos empregos e as inaugurações de obras como fatores que só vão melhorar a performance da candidatura à reeleição do governador e de toda sua chapa.

  O deputado Paulo Rangel, líder do PT na ALBA, a quem coube sentar-se à cabeceira da mesa com Pinheiro, destaca que uma manifestação do porte do almoço no Barbacoa não deixa dúvidas da unidade do partido e da bancada em relação ao nome de Pinheiro.

  Esse, aliás, é o sentido de todos os deputados presentes: J. Carlos, Isaac Cunha, Bira Corôa, Yulo Oiticica, Neusa Cadore, Waldenor Pereira, Fátima Nunes, Zé Neto, Walmir Assunção, professor Valdeci, e o coordenador do GTE, prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.