"É mais fácil o Sargento Garcia prender o Zorro do que o presidente Lula não vetar essa barbaridade contra os estados produtores. Eu conheço o presidente. Ele é o presidente mais solidário que o Rio já teve", disse Cabral nessa sexta, após a inauguração da UPA 24 horas de Teresópolis.
SENADORES
A bancada de senadores do Rio terá muito trabalho para evitar que a emenda seja aprovada. A sinalização de que o embate na Casa será acirrado está nos discursos de parlamentares dos Estados beneficiados pela proposta de distribuição de recursos. O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB), por exemplo, deu o tom do grau de dificuldade que parlamentares de Estados não-produtores terão para negociar a questão.
Ele advertiu que a discussão deve acontecer sem o risco do "atropelo pela maioria". Porém, deixou claro que se houver embate, o Rio perde de goleada. "O endurecimento das posições, notadamente dos estados produtores, não interessa a ninguém, mas se o confronto for inevitável, o placar que se anuncia é o mais eloquente possível: 69 X 12. Isso porque somos 23 estados não-produtores interessados na mudança do modelo", contabilizou.
Assim como o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), responsável pela articulação na defesa do Rio, Cavalcanti também quer que a votação ocorra depois das eleições de outubro. A ideia é que haja tempo para se buscar solução que acomode os interesses de estados produtores e não-produtores, por meio de uma transição negociada