Apesar de Martins tratar rapidamente de assuntos delicados, que fragilizaram a economia do Estado como a queda da receita tributária e o aumento das receitas, Gaban acredita que as ações proposta pelo secretário para sanar tais problemas não farão diferença já que tais propostas haviam sido apresentadas anteriormente e foram ineficazes. "Esse relatório, independente de seu conteúdo, segue um padrão. Não há proposta inovadora e consistente", avaliou.
Outro questionamento feito pelo parlamentar tratou do fato da Bahia registrar valores de investimentos menores que outros estados nordestinos. "A Bahia está atrás de estados bem menores como o Ceará e Pernambuco. Qual o problema do nosso Estado? Se continuar assim, nossa economia perderá mais espaço", alertou. Gaban relatou ainda os principais pontos que tornam a economia baiana instável, destacando elevação de despesas com pessoal; investimentos maciços com propaganda; queda na arrecadação do ICMS; além de não alcançar o valor estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e da extrapolação do limite prudencial com pagamento da folha de pessoal, o que, segundo Gaban, deve ser qualificado como uma quebra de determinação do Tribunal de Contas. "O Estado não conseguiu alcançar o valor estabelecido para as metas fiscais da LDO em R$1.078.822.000,00, atingindo apenas o valor de R$737.978.203,44.", afirmou Gaban.
CONVINCENTE
Para o líder do governo na Assembleia, deputado Waldenor Pereira, o secretário Martins fez uma apresentação brilhante e "ficamos orgulhosos do nosso governo". Ainda segundo Waldenor, a derrocada que muitos apostaram não aconteceu e "contra fatos não há argumentos, Os dados são irrefutáveis e o crescimento da economia do estado vai refletir no campo eleitoral", frisou.
Segundo Waldenor é essa questão essencial, pois, poderemos crescer em 6% em 2010 "e nossos adversários estão apavorados".
Já o lider da minoria, Heraldo Rocha, comenta que o secretário não apresentou um quadro com o desempenho de cada secretaria e isso foi outro ponto negativo.
"Muitas secretarias registram os piores desempenhos individuais?", questionou Rocha. Ao tratar das secretarias, o deputado disse que a criação da Secopa tem causado preocupação, isso porque os gastos com pessoal aumentaram as despesas do estado em 100%. Em contraponto, as medidas de contenção dos gastos públicos não tem surtido efeito, enfatizou Rocha.
Para Waldenor deu-se o contrário, "nosso governo tem sido de austeridade e transparência e estamos saldando, hoje, quase R$2 bilhões por ano de uma dívida que não foi feita por nós", finalizou.