Política

ALELUIA COBRA DE WAGNER POSIÇÃO SOBRE ROYALTIES DO PRÉ-SAL

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| 13/03/2010 às 15:40
O deputado federal José Carlos Aleluia (BA) manifestou integral apoio à preocupação do ex-governador Paulo Souto, intrigado com o silêncio do governador Jaques Wagner diante do projeto de lei que altera a divisão dos royalties e participações especiais na exploração de petróleo no Brasil, aprovado esta semana pela Câmara dos Deputados.

Embora solidário com Souto, Aleluia declarou que a omissão de Wagner não mais surpreende o povo da Bahia.

"Não fosse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o Nordeste não receberia os benefícios que a decisão da Câmara contemplará a Região, isso se o Senado confirmar a votação da Câmara e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vetar o projeto", disse Aleluia.

Para Aleluia, foi fundamental a mobilização da bancada da Bahia e de outros Estados não produtores de petróleo para aprovação do projeto.

"Houve uma manifestação forte dos Estados produtores, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, mas o resultado final foi amplamente favorável à redistribuição dos royalties. Como aconteceram quatro votações para a aprovação do projeto, foi fundamental que os representantes de Estados não produtores estivessem unidos para aprovar algo que beneficia o país como um todo e não apenas o Rio e o Espírito Santo. Embora a liderança nacional do PT tenha recomendado o voto contra os interesses da Bahia e demais Estados não produtores de petróleo", observou Aleluia.

Aleluia, que é vice-presidente nacional do Democratas, alertou que ainda é tempo de o governador Wagner atuar em defesa da Bahia, trabalhando para que o Senado confirme a decisão da Câmara.

"Aprovado também pelo Senado, o projeto vai às mãos de Lula, que poderá ou não sancioná-lo. Nessa hora, é crucial que Wagner lembre-se da Bahia, esqueça a sua tolerância para com as decisões do presidente da República e defenda os interesses do povo baiano", sugeriu Aleluia.

O deputado disse ainda que o governo federal não deve impedir que os Estados recebam o que lhe é devido.

"Se o presidente Lula quer preservar os interesses do Rio, por exemplo, que o faça sem prejudicar os Estados não produtores de petróleo", concluiu Aleluia.