Política

PARQUE PÚBLICO DO AEROCLUBE VOLTA A SER CONTESTADO EM ENCONTRO

Prejuizos são enormes para a cidade e lojistas
| 12/03/2010 às 17:40
Vereador Carballal, PT, tenta em encontro chegar a um acordo
Foto: ASCOM
O imbróglio que envolve o andamento das obras do Aeroclube, na Boca do Rio,
que prevê a construção de um parque público como contrapartida social do
empreendimento, ganhou mais uma rodada de debate na Câmara Municipal de
Salvador, desta vez por iniciativa do vereador Henrique Carballal (PT).

A audiência pública no auditório do Anexo Emmerson José, na manhã desta
sexta-feira (12), reuniu lojistas, representantes de associações de
moradores e empreendedores. O debate serviu para buscar uma solução
pacificadora e esclarecer sobre o problema que está em discussão na 11ª Vara
Federal de Justiça.

Segundo o vereador Carballal, que teve acesso aos 12 volumes do processo,
duas ações civis públicas correm na Justiça. As ações se sustentam em
matéria de tombamento de áreas públicas da cidade definidas pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Esclarecimentos sobre o tombamento da área em questão foram apresentados
pelo arquiteto Paulo Ormindo, representante do Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura (Crea/BA). Segundo ele, em 1959 o Iphan tombou
várias áreas da cidade, a exemplo do Pelourinho e regiões da orla marítima,
ficando o Aeroclube dentro deste campo de tombamento. Como solução propôs
mais uma tentativa de conciliação entre as partes (moradores e
empreendedores).

Ação na justiça

Para Artur Tanure, representante dos Consorciados do Aeroclube, "a situação
é de dificuldade", sobretudo para os lojistas. Disse também que todas as
licenças estão de acordo com o que determina a lei.

No entendimento de Elói Lorenzo, diretor de Patrimônio da Associação de
Moradores de Patamares, "empresários querem se apropriar de áreas públicas
da cidade". Ele defendeu o reflorestamento da área do Aeroclube e frisou que
"não permitirá que uma arena seja construída no local".

Portando cartazes e faixas, moradores da Boca do Rio criticaram o
posicionamento do prefeito João Henrique diante do caso que se arrasta desde
a época dos prefeitos Lídice da Mata e de Antonio Imbassahy.