A preocupação chegou forte ao Palácio Tomé de Souza e o prefeito João Henrique (PMDB), tentando minimizar os efeitos da CPI do Metrô, segundo relatório do TCU com desvios e superfaturamentos em R$100 milhões, agora, deseja convidar os vereadores de Salvador e os deputados estaduais para fazerem uma visita - em dias distintos -as obras do Metrosal.
Segundo sua assessoria, ainda esta semana, vai oficializar os convites. O prefeito acha fundamental que os parlamentares vejam de perto a realidade do metrô, uma intervenção federal que vem sendo realizada aa capital desde 1999.
João lembrou "que, hoje, as obras estão 98% concluídas, bem diferente dos 25% que encontrou quando assumiu a prefeitura em 2005".
Ainda segundo o prefeito "tivemos a coragem de enfrentar mais esta ferida urbana e se Deus nos ajudar brevemente as obras civis estarão prontas, faltando a energização de todo o trecho para o início da fase de testes", disse João destacando que a Prefeitura vem seguindo rigorosamente todas as determinações do Tribunal de Contas da União (TCU).
"Quem conhece esta primeira fase, se encanta com o nosso metrô. É bem verdade que apenas este trecho não resolverá os problemas, mas é o início". Sobre a CPI aprovada pela Assembléia Legislativa, João aprova a idéia, no entanto, fez um apelo aos deputados no sentido do andamento das obras não ser interrompido. "É importante que todas as dúvidas sejam esclarecidas, mas a população não suportaria uma nova paralisação".
EX-PREFEITO
O ex-prefeito Antonio Imbassahy, gestor que idealizou o projeto inicial do Metrosal até a Estação Pirajá (14 km e não os atuais 4.6 km) diz que também não teme a CPI, deixou o projeto original com 65% das obras físicas concluidas, inclusive o túnel entre a Fonte Nova e a Estação da Lapa, e deseja que tudo seja apurado inclusive a mudança do tramo do Metrosal, o elevado do Bonocô e a quebra do modelo tripartite.
Para o ex-prefeito Imbassahy o atual gestor vem falando em 2% de obras a serem concluidas há mais de dois anos e nada sai do lugar.
ELMAR NASCIMENTO
Para o deputado Elmar Nascimento (PR), as declarações do prefeito denotam uma apreensão fora do comum, "até porque é preciso esclarecer essas denúncias recentes contra as empreiteiras que tocam a obra, o relatório do TCU e outros".
Segundo Elmar, o prefeito pode ficar tranquilo porque a intenção da Assembleia não é paralisar obras, "até porque elas já têm 11 anos em andamento" e sim apressar o passo para a conclusão do Metrosal.