Política

LÍDER PT REPRIME ALIADO NA ASSEMBLEIA EM DISCUSSÃO SOBRE USINA NUCLEAR

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| 23/02/2010 às 18:12
Rangel sobre Câmera: "V.Exa. não pode ser mais fiel ao governador do que o PT"
Foto: BJÁ
  Reconduzido à liderança do PT na Assembleia Legislativa, o deputado Paulo Rangel, reprimiu na tarde desta terça-feira, 23, seu aliado deputado Paulo Câmera (PDT) por este ter citado que no protocolo que apresentou à Mesa diretora da ALBA propondo um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) retirando a inconstitucionalidade para instalação de uma usina nuclear na Bahia, não contou com a assinatura de deputados do PT.

  "V. Exa. não pode ser mais fiel ao governador do que deputados do PT e vir à tribuna ironizar uma atitude do nosso partido. Disse que não assinaríamos porque queremos fazer o debate sem pressão de nenhum governo. Tem que respeitar aqueles que não assinaram porque nós comemos sal e poeira com Wagner. Os aliados nao podem desrespeitar aqueles que originalmente deram vida a esse projeto de governo", comentou Rangel duramente.

  Segundo Câmera ele vem trabalhando esse tema desde novembro do ano passado e somente agora deu entrada na Mesa da ALBA do documento contendo assinaturas de 24 deputados, sem a adesão de deputados do DEM e do PT. "A Bahia deve ou não ter a usina? A inconstitucionalidade está no fato de ser uma matéria exclusiva do governo da União e, sendo assim, "exclusiva" não teríamos chances sequer de debatê-la".

  Em aparte, também com ironia, o deputado João Bacelar, PTN, disse que a oposição não é contra o projeto de instalação da usina nuclear na Bahia, mas, sim o secretário de Meio Ambiente do Governo, Juliano Matos, e alguns ambientalistas encastelados no governo. Já o deputado Gaban (DEM), que preside a Comissão de Meio Ambiente da Casa, tentou justificar a posição do seu partindo entendendo que existem outras formas de energia, mais limpas, mas, deixou claro que abrigrá na comissão todos os debates que quiserem.

  Segundo Gaban, o ideal seria discutir sobre as consequência de um projeto dessa natureza, para depois tramitar. O deputado Bira Coroa, PT, admite realmente ampliar os debates sobre o tema porque "o importante não é só debate o tema observando-se a produção de energia, mas todo o processo tecnológico, empregos e outros"