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Souto: "Toda vez que ele trata da oposição tende perder a elegância"
Foto: BJÁ
Durante o almoço do PSDB/DEM nesta segunda-feira, 21, o ex-governador Paulo Souto rebateu a ironiza do governador Jaques Wagner feita ontem em Lauro de Freitas, quando este disse que qualquer enxurrada levava as obras de estradas do governo passado, e seu governo não faz obras de "isopor e papelão", Souto diz que lamenta que o governador comece a perder muito cedo a elegância.
"Toda vez que ele trata com a oposição tende a perder a elegância. Já chamou de imbecís, de mentirosos, e prefeitos de biruta de aeroporto. Há um grande número de estradas que foram construidas no meu governo, a maioria das estradas de boa qualidade. Agora, existiram algumas estradas onde os recursos financeiros não foram suficientes para que os serviços mais definitivos e algumas delas, eventualmente, podem ter tido problemas".
"Eu fico satisfeito porque como sempre trabalhei pensando no futuro da Bahia. O governador deveria estar agradecendo a herança bendita que foi deixada para ele, um financiamento de 100 milhões de dólares para restaurar as estradas da Bahia, que está na mão do governo. Isso foi uma coisa inteiramente negociada e aprovada ainda no meu governo", frisou.
Segundo Souto, aí num tom mais severo, "posso até, de certa forma, ser responsável por alguns problemas nas estradas. Mas, não sou responsável pela morte de 12.000 pessoas na Bahia por falta de ação na segurança pública. Isso sim é que representa papelão".
ALIANÇAS
Souto revelou que está muito satisfeito com a aliança ao PSDB e com os sinais registrados pelo ministro Geddel Vieira Lima, do PMDB, embora não tenham conversado ou acertado nada visando o pleito de 2010. Sua ida a Convenção do PMDB, no último domingo, representou um momento da democracia política na Bahia e que poderá ter desdobramentos no futuro.
"O fato de ter chegado (Geddel) ao governo e depois ter tomado posição clara de oposição ao governo é uma posição avançada, um caminho. Toda caminhada começa num primeiro passo" situou o ex-governador citando que a campanha propriamente dita não começou ainda. "Vai começar no próximo ano e ainda estamos nos primeiros movimentos", frisou.
"A receptividade sempre esteve boa. Independente de estrutura política ou não, nunca tive esse problema. É claro que há um sentimento de frustração com o atual governo e isso pra mim está muito claro, de uma grande parte da população. A eleição passada teve um resultado inesperado e a partir daí a população criou uma expectativa muito grande, e até uma expectativa justa de que, muitas coisas poderiam acontecer e não acontecem", comentou Souto sobre suas andanças no interior.
Sobre a faixa posta por seus adversários na cidade de Miguel Calmon glosando porque o senhor não fez a etrada, o que teria a dizer?
"Foi ótimo pois a população ficou bastante chateada como aquilo porque entendeu como uma provocação numa cidade onde a população reconhece que temos um número de realizações muito grande. A cidade vivia com sede e nos implantamos o serviço de abastecimento de água que foi a maior aspiração que a cidade poderia ter. E para levar a água a Miguel Calmon tivermos que fazer a Barragem do França e uma grande adutora. De modo que foi uma das obras mais importantes que a cidade já teve. Ele teriam até um ganho se tivessem feito uma faixa mais civilizada do que a provocação mal educada que colocaram".
Para o ano vamos tratar desse assunto.