Política

SECRETÁRIO JUSTIÇA REBATE PAULO SOUTO SOBRE ATUAÇÃO SISTEMA PRISIONAL

Veja
| 16/12/2009 às 18:01

O secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino, rebateu com números as afirmações do ex-governador Paulo Souto sobre o sistema prisional baiano não estar acompanhando o índice de violência no Estado. E fez isto de maneira muito simples e clara: comparando a atual gestão com a gestão passada.

Segundo Pellegrino, em quatro anos, o ex-governador Paulo Souto, por exemplo, gerou 2.398 vagas no sistema prisional da Bahia, enquanto a atual gestão em menos de três anos já tem confirmadas a construção de 3.158 vagas, quase mil a mais. Lembrou também que, em termos de vagas captadas (convênios firmados), a gestão passada conseguiu apenas 1.356 vagas, enquanto a atual já chega a 1.639 vagas conquistadas em três anos.


Apesar de reconhecer que o problema de presos em delegacias é antigo e que o atual Governo está fazendo mais prisões, Paulo Souto fez críticas quanto a pouca eficiência da gestão atual no enfrentamento desta questão. Pellegrino, no entanto, recorre novamente aos números para mostrar que o ex-governador tropeça nas contas. Segundo o secretário, a média entre a contratação, a licitação, a construção e a entrada em operação de um presídio no governo carlista foi em média de quatro a cinco anos. Na atual gestão essa média está abaixo de três anos.


Pellegrino salienta também que não basta apenas construir novos presídios. É preciso muito mais. Ele esclarece que, na época de Paulo Souto, a atenção à saúde nas unidades prisionais era quase inexistente. Na gestão atual, por sua vez, foram contratados 180 profissionais de saúde e, hoje, as unidades têm serviço odontológico, médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais.

"A Bahia tornou-se referência no Brasil nesse quesito", afirmou Pellegrino, que foi mais além: "Na área de ocupação de trabalho, formação profissional, alfabetização e educação de internos, a atual gestão é muito superior à gestão passada".
 

Pellegrino afirma ainda que nunca se combateu tanto o crime organizado dentro dos presídios como no governo atual, com revistas constantes e transferências de presos líderes do crime para unidades federais.

"O governo atual tem o controle das prisões ao contrário da administração passada, quando os agentes não tinham condições de adentrar ao pátio por falta de segurança para fazer as revistas, tão importantes", recorda, para, em seguida, enfatizar que hoje os agentes de presídio estão sendo valorizados: "Depois de 16 anos será feito um concurso público para agentes, cuja carreira está sendo estruturada de forma, inclusive, a permitir a ascensão destes profissionais a postos de direção, o que só tem aumentado a eficiência do próprio sistema", concluiu.