O sistema prisional não está acompanhando a atual escalada da violência na Bahia. "Para o aumento da criminalidade, são insignificantes os investimentos, nestes últimos três anos, em novos presídios", afirmou hoje o presidente estadual do Democrata, o ex-governador Paulo Souto.

Segundo ele, nos últimos três anos, apenas alguns mini-presídios, com a oferta de cerca de 300 novas vagas, foram construídos. "Com o crescimento da violência, aumenta também o número de presos e o sistema prisional não tem capacidade de atender essa nova demanda, gerando o amontoamento de mais de 6,5 mil presos nas delegacias e as freqüentes fugas", comenta.

Souto lembra que deixou encaminhado, quando governador, em 2006, a construção de dois presídios nas cidades de Eunápolis e Vitória da Conquista. As duas unidades prisionais, no entanto, só serão concluídas no ano que vem, quando também deve ser entregue um centro de detenção provisória em Salvador.

       
  "Mesmo com recursos assegurados, a lentidão tem sido a marca do atual governo, que completa dois terços de mandato e, se pouco vem fazendo para conter a escalada da violência, diferente não está sendo com relação ao sistema prisional", afirma o ex-governador.

No período de 2003 a 2006, o sistema prisional no estado teve o incremento de 2.700 vagas com a construção de presídios nas cidades de Lauro de Freitas, Itabuna, Simões Filho, Serrinha e Juazeiro. Na capital, além da Unidade Especial Disciplinar (UED), foi construído o anexo 4 da Penitenciária Lemos de Brito. Houve também a ampliação dos presídios de Paulo Afonso e Vitória da Conquista.