Os tucanos cobram que o DEM ofereça respostas rápidas às denuncias para evitar danos na disputa presidencial de 2010.
O partido determinou que os dois secretários do PSDB no governo do DF entreguem os cargos. A medida também atinge os cerca de 100 tucanos que ocupam postos na administração de Arruda.
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse que os tucanos que não deixarem o governo do DF serão expulsos do partido. "Os que não saírem do governo não serão mais do PSDB. Os que saírem do governo e tiverem processos vão ser submetidos ao Conselho de Ética do partido", afirmou.
Guerra disse que a decisão do PSDB de desembarcar do governo Arruda foi tomada por unanimidade pela Executiva Nacional do partido. "O partido não terá mais representantes no atual governo de Brasília", disse.
O tucano, porém, evitou comentar as denúncias que envolvem o secretário de Obras do DF, Marcio Machado, suspeito de também integrar o esquema de propina no governo do DF. "Não cuidamos ainda do diretório de Brasília", afirmou.
Apesar de deixar o governo Arruda, a aliança nacional com o DEM está mantida. Guerra disse que PSDB e DEM estarão juntos em 2010 por considerar a crise no governo Arruda um "episódio local" e não nacional. O DEM deverá indicar o candidato a vice-presidente na chapa do PSDB.
"Não tem nada a ver com a aliança nacional com o DEM, que respeitamos. Sabemos que é um episódio local. Apenas tomamos uma decisão relacionada ao nosso papel", afirmou.
"O partido entende que os fatos são gravíssimos e exigem investigação com rigor. O DEM tem que ser afirmativo, não se deixando contaminar por este fato", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
O PDT, o PPS e o PSB anunciaram ontem a saída da base de apoio do governador Arruda. Os três partidos entregaram hoje cargos de confiança que detinham no governo e defenderam o afastamento de Arruda do cargo.
As medidas foram tomadas após a Polícia Federal começar a investigar um suposto esquema de corrupção no DF, que consistiria na distribuição de recursos para parlamentares da base aliada. O dinheiro viria de empresas que prestam serviços ao governo do DF