Política

DEPUTADO AFIRMA QUE ASSEMBLEIA SE OMITE NA MATANÇA JOVENS DA PERIFERIA

Veja
| 18/11/2009 às 18:35
João Bacelar: - A Comissão de Reparação só quer falar de aspectos culturais e imateriais
Foto: BJÁ
  O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) criticou nesta tarde de quarta-feira, 18, na tribuna da ALBA, a postura da Comissão de Reparação da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Bira Coroa (PT), a qual, segundo Bacelar, não debate os problemas fundamentais da Bahia, na atualidade, "a matança de jovens negros na periferia das grandes cidades, especialmente, Salvador; e os autos-de-resistência descritos pelas policias para cometer esses atos".

  "Está havendo uma carnificina, os registros são abundantes nos veículos de comunicação, mata-se a nossa juventude, mas, a Comissão de Reparação só quer cuidar de aspectos culturais e imateriais, fazer sessões especiais e coquetéis", diz o deputado confessando-se decepcionado.

  Para Bacelar, é um abusurdo o que está acontecendo na Bahia, com um aumento enorme dos indices de violência e a Reparação fica cuidando de questões apenas culturais, homenagens, consciências de toda natureza, enquanto o fundamental, o primordial, não quer nem ouvir falar", comenta o deputado.

   O deputado disse que o discurso da base governista de que a violência existe porque a pobreza é alta é uma forma de justificar a falta de ação e planejamento do governo na área de Segurança Pública.

  "A violência é maior entre os mais carentes porque eles são o maior contingente da sociedade baiana. Querer atribuir a violência à pobreza é o mesmo que dizer que todo pobre é criminoso e isso não é verdade e não se sustenta", enfatizou Bacelar.

  De acordo com o deputado até hoje o Estado não apresentou um plano de Segurança Pública. "O governo Jaques Wagner não tem um programa para a Segurança Pública. Vimos o aumento da violência indiscriminada no governo Jaques Wagner, tudo por falta de investimentos na Segurança Pública, do aumento da impunidade, da falta de planejamento", concluiu o parlamentar.

  DEFESA

  Em defesa do governo falaram os deputado Isaac Cunha (PT) atribuindo todas as mazelas atuais a "herança maldita" e o deputado Pedro Alcântara (PR), o qual, mais sensato disse que o governo tem se esforçado em melhorar o aparato policial, já contratou mais de 3.200 policiais, mas o assunto é complexo e envolvem a família, a cultura e uma série de outros fatores.