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Deputado Elmar Nascimento (PR) mostra ao BJá que já tem 27 assinaturas de deputados
Foto: BJÁ
O deputado Elmar Nascimento (PR) já tem 27 assinaturas de deputados estaduais de vários partidos para dar entrada na CPI do Metrô de Salvador, o que deverá acontecer na próximo quinta-feira, 19. Elmar só não ingressou com o pedido na Mesa Diretora da Casa nesta terça-feira, 17, porque vai haver uma reunião da bancada do PT na quarta-feira, 18, e foi "aconselhado" a aguardar esse encontro.
Segundo Elmar em conversa com o BJá, a sua decisão de ingressar na Mesa com pedido da CPI independe da reunião do PT, mas, por bom senso, vai aguardar o encontro comandado pelo deputado Waldenor Pereira (PT). "Creio que se todas as bancadas estiverem de acordo com a CPI fica melhor", pontuou o deputado.
Na prática, o que Elmar quer dizer é o seguinte: se a bancada do PT for contra a CPI complica seu bom andamento na Casa. Agora, se as bancadas do PT e Oposição forem favoráveis, aí a CPI sai e anda rapidamente. Em tese, a CPI levantaria problemas das gestões de Antonio Imbassahy (PSDB), hoje no bloco da candidatura de Paulo Souto; e João Henrique (PMDB), no bloco de Geddel Vieira Lima.
Por essa ótica, não haveria motivos para o PT e a bancada governista serem contrárias a CPI, ainda que, se instalada neste final de ano, poderá centralizar as discussões. Como não existem projetos relevantes na ALBA a serem aprovados, salvo o Orçamento e a privatização dos cartórios, a CPI do Metrosal poderá ser bem vinda.
MUNICIPALIZAÇÃO
Um dos pontos mais polêmicos de construção do Metrosal que poderá ser melhor explicitado durante a CPI é a municipalização da planta do projeto, a introdução do elevado do Bonocô e a redução da linha de 14k para 6k, o que aconteceram
na gestão do secretário Nestor Duarte Neto, no governo de João Henrique, e do presidente Lula da Silva.
Esse é um ponto bastante polêmico porque envolve aumento do custo da obra e a desvinculação dos governos do Estado e Federal da obra.
Outras questões a serem analisadas seriam superfaturamento de trechos da obra, o consórcio das empresas vencedoras da concorrências com a Odebrecht, a desclassificação da Impregilo, a compra dos trens e demais.