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A reunião da bancada do Nordeste em Brasília nesta terça-feira reafirmou a posição de Pernambuco como nova liderança na Região, segundo parlamentares baianos presentes no encontro. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, assumiu junto a deputados e senadores nordestinos uma postura de independência em relação ao governo federal, ao condenar a determinação do Palácio do Planalto de excluir estados não produtores de petróleo da divisão dos ganhos do pré-sal, a chamada partilha.
A partilha do pré-sal contempla majoritariamente a União e estados produtores, como o Rio de Janeiro.
Para o deputado Roberto Magalhães (DEM-PE), a questão do pré-sal não pode ser partidária, mas algo que contemple e beneficie todos os estados brasileiros.
O governador Eduardo Campo é presidente nacional do PSB, legenda da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva, mas colocou os interesses de Pernambuco em primeiro plano. Revela o seu apoio ao Palácio do Planalto, mas não subserviência. Colocou-se à disposição da bancada do Nordeste para enfrentar o governo federal, declarou Magalhães.
A reação da bancada da Bahia, em face da omissão do governo Jaques Wagner, diante dos prejuízos a serem infligidos ao Nordeste e à maioria dos estados da Federação foi imediata.
"A Bahia sempre esteve à frente das lutas do Nordeste pela preservação dos interesses da região. Lideramos sempre as grandes questões que envolviam o Nordeste. Agora, vemos Pernambuco comandar as lutas em defesa da região", disse o deputado baiano José Carlos Aleluia (DEM).
A Bahia, segundo Aleluia, assumiu uma postura passiva diante do governo Lula.
O governador Wagner ainda não conseguiu entender que foi eleito para governar a Bahia, defender os interesses do estado, e não para portar-se como um auxiliar do presidente Lula, ratificando as decisões do Palácio do Planalto, sem qualquer questionamento, em prejuízo dos interesses do povo da Bahia, criticou Aleluia.