Fruticultores do Recôncavo e do Litoral Norte da Bahia pediram ao senador César Borges que interceda junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal para solucionar o problema enfrentado pelo setor. A fruticultura no Estado, em especial o ramo dos cítricos, está fortemente ameaçada com o fechamento de duas fábricas de suco, que absorviam parte significativa da produção. As esmagadoras de São Gonçalo dos Campos e de Nova Soure foram fechadas em decorrência da crise financeira mundial.
No encontro que aconteceu na sede da FIEB, nesta sexta-feira (6), em Salvador, o produtor de laranja Laurindo Barbosa criticou a lentidão do governo do Estado para resolver o problema. "O governo precisa atrair novas indústrias para o Estado ou pelo menos viabilizar a reativação das que existiam. Estamos perdendo a nossa produção". A estimativa dos produtores é que 30% da safra de 2009 seja perdida por falta de escoamento.
O presidente do sindicato da Indústria de Congelados, Sorvetes e Sucos, Luiz Joaquim de Carvalho, que promoveu o encontro dos produtores com o senador César Borges, explica que a Bahia é o segundo estado que mais produz laranja no País, mas a exportação do fruto em natura é complexa e onerosa para o pequeno e médio produtor. "A fruta é muito perecível. Qualquer problema na logística pode gerar sérios prejuízos. É por isso que o Governo precisa agir com celeridade para atrair novas agroindústrias para a Bahia". Carvalho pediu ao senador que levasse o assunto ao Congresso Nacional.
César Borges se comprometeu a discursar na tribuna do Senado sobre a reivindicação dos fruticultores da Bahia e a intermediar o diálogo na esfera estadual e federal. "Este colapso na produção de laranja e de outras frutas na Bahia é um reflexo da crise, mas é reflexo também da falta de investimento, da falta de apoio e de uma política eficiente de atração de empresas". O senador salientou ainda a importância econômica e social da atividade. "A agroindústria fomenta a produção agrícola, que é responsável por cerca de 30% dos postos de emprego, possibilitando assim a fixação do homem no campo. Além disso, ela agrega valor à produção nacional", reforçou o senador César Borges.