Nesta quarta-feira (04), completa 40 anos da morte de Carlos Marighella, um dos principais organizadores da luta para a criação de um estado socialista no Brasil e contra as ditaduras civil ou militar. O militante político será homenageado em cerimônia a ser realizada amanhã (4), às 18h, no Quadrilátero da Biblioteca Central dos Barris - Rua General Labatut, 27.
A homenagem será feita pelo ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, e pelo Governo do Estado da Bahia que será representado pelo secretário da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino. A família de Marighella, que estará em São Paulo recebendo homenagens, indicou o deputado Federal, Emiliano José para representá-la.
Militância
Carlos Marighella nasceu em Salvador, em dezembro de 1911. Ainda adolescente despertou para as lutas sociais, tornando-se militante do Partido Comunista aos 18 anos e dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo. Foi preso pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor do Governo Federal na Bahia Juracy Magalhães. Em maio de 1936 Marighella foi novamente preso e torturado, durante 23 dias.
Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a reorganização dos revolucionários comunistas e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas. Anistiado em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Foi eleito deputado federal constituinte pelo estado da Bahia, mas teve seu mandato cassado pela repressão que o governo Dutra desencadeou contra os comunistas.
Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até seu assassinato, por policiais, em 04 de novembro de 1969.