"Agora caiu de vez a máscara de democracia que este governo tenta empunhar, ao tentar claramente censurar e intimidar o Tribunal de Contas, um órgão do Poder Legislativo que tem por obrigação analisar as condutas da administração pública", disse Souto, para quem esse é um fato muito grave que deve ser acompanhado pelo Judiciário.
"Nunca, em nenhum momento quando estivemos no Executivo, fizemos nada parecido com isso. A Casa Civil fez um verdadeiro relatório paralelo e enviou ao presidente do TCE uma reprimenda formal ao trabalho de um conselheiro. Nós sempre encaramos as críticas e os questionamentos com serenidade e respeito e jamais partimos para uma demonstração de força inconcebível como esta", afirmou.
O ex-governador destaca que as contas de 2008 receberam uma série de questionamentos, entre eles a vultosa dispensa de licitação para a reforma do Estádio de Pituaçu, que está aguardando decisão do Poder Judiciário, após ser alvo de ação aberta pelo Ministério Público da Bahia, além do cancelamento de empenhos e outros procedimentos não usuais.
"É preciso que o Poder Judiciário e o Ministério Público continuem atentos e vigilantes, pois essa inusitada reprimenda oficial do Executivo contra o TCE é uma clara intimidação ao trabalho de análise das próximas contas do governo baiano", declarou Souto.