"Efetivamente o que os prefeitos querem saber é se o Estado vai ou não compensar as perdas do ICMS, os R$50 mihões que os municípios deixaram de arrecadar para que os prefeitos não permaneçam com a triste cena, com cuias nas mãos, sacrificando as suas independências administrativa e política. Isso é que precisa ser colocado de forma clara, se o estado vai, de maneira definitiva resolver essa questão", comentou.
SEGURANÇA E OUTROS
Sobre a relação do Estado com os municípios na questão segurança pública, o ministro comentou que o que era um "privilégio" de grandes centros urbanos se interioriza, a questão da violência urbana, o crack, a droga, tomando conta do estado. "Não é possível e não é aceitável o que se relata a todos instantes que municípios depapeurados e necessitando de investimentos tenham que arcar com despesas de combustíveis e de manutenção de delegacias e cadeias que são deveres do estado", situou.
"E eu não posso me furtar e aceitar que essa é uma prática que vem do pretérito, que vem do passado, o governo está ai para corrigir o que está errado, pra fazer diferente" situou Geddel dizendo que irá no caminho do outro vértice, da solução, que os prefeitos têm sim que ter uma participação ativa.
"Veja, por exemplo, essa questão da PPI. Vocês (prefeitos) têm a representação e o poder de dizer não" e, portanto, os prefeitos não devem abrir mão de algo que têm direitos adquiridos pelos municípios para que os recursos federais cheguem diretamente sem a interferência do Estado. "Não é possível que vocês passivamente assistam que o Estado fique com esses recursos para depois redistribuir de acordo com aquilo que imagino seja o melhor para vocês, e/ou com o monopólio de entender o que é bom para a Bahia".
"De minha parte e esse é meu papel - disse Geddel - levarei ao presidente da República o que ouvi aqui, o desejo maior de resolver essa questão do Fundef que acho é a mais importante e digo de forma franca ao meu dileto amigo secretário Rui Costa que entenda a minha fala como uma contribuição efetiva para que na próxima vez não traga apenas diagnósticos que são de amplo conhecimento", e sim resolver os problemas como é a política do presidente Lula.