Política

GEDDEL DISCORDA DE RUI E DIZ QUE GOVERNO WAGNER É OPOSTO AO DE LULA

vide
| 23/10/2009 às 16:39
Geddel disse que discordava de Rui e os prefeitos já conhecem diagnósticos de sobra
Foto: BJÁ
   O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, presente ao ato da UPB não gostou nenhum um pouco da exposição do secretário Rui Costa, das Relações Institucionais e representante do governador Jaques Wagner, e disse que os prefeitos querem saber se o Estado vai ou não compensar as perdas com o ICMS, para que os gestores municipais não permanecam com "cuias nas mãos sacrificando as suas independências administrativas e políticas".

  "De acordo com o que a elegância impõe - comentou Geddel de forma direta a Rui -discordo da fala feita por V. Exa. pois o diagnóstico aqui apresentado sobre saúde, educação e segurança pública, a relação do Estado com os municípios levaria a uma pergunta: Roberto Maia (presidente da UPB) por que essa reunião?. Pelo relato de Rui Costa? O que temos aqui são prefeitos que não sabem reconhecer o que está sendo feito pelo estado".

  Geddel comentou ainda que, mesmo reconhecendo a qualificação da representação do secretário Rui Costa, entende que chegou a hora do governador da Bahia encarar os prefeitos de frente e comentar o que está acontecendo e não ficar levando expectativas que se transformem em frustrações.
 
  De acordo com as observações do ministro, o presidente Lula da Silva tem uma atitude no plano federal e mesmo com a queda da arrecadação, cumpre a sua fala de executivo e o seu dever de fazer a complementação das receitas financeiras, sendo que R$2 bilhões já foram transferidos para os municípios, mas, na Bahia, o mesmo não ocorre.


  "Efetivamente o que os prefeitos querem saber é se o Estado vai ou não compensar as perdas do ICMS, os R$50 mihões que os municípios deixaram de arrecadar para que os prefeitos não permaneçam com a triste cena, com cuias nas mãos, sacrificando as suas independências administrativa e política. Isso é que precisa ser colocado de forma clara, se o estado vai, de maneira definitiva resolver essa questão", comentou.
 
  SEGURANÇA E OUTROS

  Sobre a relação do Estado com os municípios na questão segurança pública, o ministro comentou que o que era um "privilégio" de grandes centros urbanos se interioriza, a questão da violência urbana, o crack, a droga,  tomando conta do estado. "Não é possível e não é aceitável o que se relata a todos instantes que municípios depapeurados e necessitando de investimentos tenham que arcar com despesas de combustíveis e de manutenção de delegacias e cadeias que são deveres do estado", situou.

   "E eu não posso me furtar e aceitar que essa é uma prática que vem do pretérito, que vem do passado, o governo está ai para corrigir o que está errado, pra fazer diferente" situou Geddel dizendo que irá no caminho do outro vértice, da solução, que os prefeitos têm sim que ter uma participação ativa.

   "Veja, por exemplo, essa questão da PPI. Vocês (prefeitos) têm a representação e o poder de dizer não" e, portanto, os prefeitos não devem abrir mão de algo que têm direitos adquiridos pelos municípios para que os recursos federais cheguem diretamente  sem a interferência do Estado. "Não é possível que vocês passivamente assistam que o Estado fique com esses recursos para depois redistribuir de acordo com aquilo que imagino seja o melhor para vocês, e/ou com o monopólio de entender o que é bom para a Bahia".
 

   "De minha parte e esse é meu papel - disse Geddel - levarei ao presidente da República o que ouvi aqui, o desejo maior de resolver essa questão do Fundef que acho é a mais importante e digo de forma franca ao meu dileto amigo secretário Rui Costa que entenda a minha fala como uma contribuição efetiva para que na próxima vez não traga apenas diagnósticos que são de amplo conhecimento", e sim resolver os problemas como é a política do presidente Lula.