A respeito da decisão, em caráter liminar, da juíza Corregedora do Tribunal Regional Eleitoral, Cíntia Rezende, determinando a suspensão das inserções do DEM na TV, o presidente estadual do Democratas, o ex-governador Paulo Souto, afirmou que a sua primeira reação, ao saber do fato, através da imprensa, foi de completa e absoluta incredulidade.
"Aos nossos olhos, a decisão da corregedora equivale a uma restrição inconcebível do direito da oposição em criticar à falta de ação do governo nas áreas prioritárias para a população da Bahia", disse.
O ex-governador estranhou o teor da decisão baseada num alegado "estado emocional não condizente com o estado democrático", conforme argüiu o PT. "Comoção está sendo causada pelos ataques a ônibus e policiais, os assassinatos de jovens, as mortes nas filas dos hospitais que estão ocorrendo hoje na Bahia. E a falta de ação do governo é que depõe contra o estado democrático", disse.
Segundo Souto, o governo do PT, nos últimos meses, "vem reagindo de forma destemperada às criticas dos oposicionistas, deixando transparecer para os baianos que, nos dias de hoje, é terminantemente proibido criticar".
Para Paulo Souto, não é surpresa que o PT, confirmando a sua vocação totalitária, tente impedir o legítimo direito que a oposição tem em criticar o governo sobre a sua falta de ação nos setores essenciais da administração pública. "Mas nos causa espanto tal ação encontrar respaldo no Judiciário".
Paulo Souto considera esta uma posição individual da magistrada e concluiu "Temos a convicção de que o Tribunal, atendendo ao recurso que impetraremos, deverá reformar a decisão. Isso é essencial para que as eleições do próximo ano não corram o risco de perder sua legitimidade".